O CDS-PP considerou esta quarta-feira que “os ventos de mudança que sopraram nos Açores” vão chegar ao resto do país para anunciar “o fim do ciclo socialista”. O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defende que o acordo de Governo assinado com o Partido Social Democrata (PSD) e Partido Popular Monárquico (PPM) reedita a Aliança Democrática “de boa memória” e mostra que é o CDS-PP que “lidera” à direita.
“O CDS está definitivamente embalado para o futuro. Confiamos que os novos ventos dos Açores cheguem também ao resto do País, anunciando o fim do ciclo socialista”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, em conferência de imprensa, sobre a indigitação de José Manuel Bolieiro, líder do PSD/Açores, como presidente do Governo Regional dos Açores, na sequência das eleições de 25 de outubro para o Parlamento açoriano.
Com a chegada da direita ao poder, Francisco Rodrigues dos Santos salienta que “termina o ciclo socialista de 24 anos na região” dos Açores e inicia-se um novo ciclo, no qual o CDS-PP “participa de forma incontornável”. “Apesar das sondagens que maldosamente insistem em anunciar a nossa morte política, o CDS é a terceira força política nos Açores, teve mais votos que o BE e o PCP juntos e faz parte da nova solução” governativa, disse.
Para o líder do CDS-PP, as eleições regionais dos Açores foram “o epicentro do primeiro combate político” do CDS-PP e podem ser encaradas como o “primeiro teste” do partido a seguir às últimas legislativas. “É uma prova largamente superada: ficou claro que à Direita lidera o CDS”, frisou Francisco Rodrigues dos Santos, reclamando para o partido que lidera o título de partido líder “da direita que une”.
“Já mostrámos que somos capazes e o CDS, como partido insubstituível na democracia portuguesa, está cada vez mais forte e determinado em construir uma solução à direita para governar Portugal”, assinalou.
Nos Açores, o CDS-PP diz ainda que ficou claro que o partido “respeita a autonomia e não tem, ao contrário de outros, hesitações na oposição ao socialismo”. Quanto ao Partido Socialista (PS), o líder democrata-cristão referiu que deixa o poder nos Açores “com as mais altas taxas do país ao nível da pobreza, do abandono escolar precoce, da dependência do rendimento social de inserção e no último lugar no índice de desenvolvimento e coesão territorial”.
“O CDS, comprometido em virar esta página de estagnação e definhamento, celebrou um acordo de Governo assinado com o PSD e o PPM, reeditou a Aliança Democrática de boa memória, com profundo respeito pelo sentido de mudança que os Açorianos expressaram em urnas”, acrescenta.
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