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CDS-PP admite apoiar adiamento das autárquicas mas empurra discussão para mais tarde

Os democratas-cristãos dizem que a discussão sobre um possível adiamento das eleições autárquicas deve ser feita num “momento posterior”, quando houver “dados mais consistentes sobre a pandemia” e o número de portugueses vacinados.
12 Fevereiro 2021, 17h48

O CDS-PP admitiu esta sexta-feira apoiar a proposta do Partido Social Democrata (PSD) para adiar as eleições autárquicas, previstas para o final de setembro ou início de outubro deste ano. Os democratas-cristãos dizem, no entanto, que a discussão deve ser feita num “momento posterior”, quando houver “dados mais consistentes sobre a pandemia” e o número de portugueses vacinados.

“O CDS irá acompanhar com atenção a evolução da situação pandémica e do processo de vacinação nos próximos meses, considerando que a ponderação do adiamento das eleições autárquicas deverá ter lugar em momento posterior, quando for possível obter dados mais consistentes sobre a pandemia e o número de vacinados na altura em que se prevê que o ato eleitoral ocorra”, lê-se numa nota enviada às redações pelo CDS-PP.

O coordenador autárquico nacional do CDS-PP, Fernando Barbosa, admite estar “sensível às preocupações que se prendem com a realização das eleições autárquicas no calendário normal”, mas reitera que, neste momento, “o país deve estar concentrado em garantir que o combate à pandemia seja eficaz e que a vacinação seja célere e decorra sem desvios”.

Em cima da mesa está um projeto de lei do PSD, que prevê o adiamento das eleições autárquicas por 60 dias, ou seja, dois meses. Com base nessa proposta, em vez de as eleições se realizarem no período entre 22 de setembro e 14 de outubro, passariam a realizar-se entre 22 de novembro e 14 de dezembro, para que os candidatos autárquicos possam contactar diretamente com os eleitores durante a campanha.

O Partido Socialista (PS) já veio fechar a porta a um entendimento alargado nesse sentido. O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, rejeita a hipótese de as autarquias ficarem em “gestão corrente”, durante o intervalo entre o fim dos mandatos atuais e uma eventual nova data das eleições, e recusa-se a empurrar as autárquicas para a altura da discussão do Orçamento do Estado para 2022 no Parlamento.

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