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CDS-PP avança que cenário macroeconómico do OE 2020 é “condizente” com esboço apresentado a Bruxelas

Os democratas-cristãos mostraram “ceticismo” em relação ao linhas gerais apresentadas pelo Governo e definiram o desagravamento da carga fiscal, investimento da saúde e fim das injeções de capital do Fundo de Resolução como prioridades.
  • Mário Cruz/Lusa
10 Dezembro 2019, 12h38

O CDS-PP adiantou esta terça-feira que o cenário macroeconómico da proposta do Orçamento do Estado para 2020 (OE 2020) é “condizente” com esboço apresentado a Bruxelas. Os democratas-cristãos mostraram “ceticismo” em relação ao linhas gerais apresentadas pelo Governo e definiram o desagravamento da carga fiscal, investimento da saúde e fim das injeções de capital do Fundo de Resolução como prioridades.

“Aquilo que nos foi transmitido é que este cenário é condizente com o cenário que já anteriormente nos tinha sido apresentado e que foi reportado a Bruxelas”, afirmou a líder parlamentar do CDS-PP, Cecília Meireles, após conhecer as linhas gerais da proposta do OE 2020, apresentadas pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, e o secretário de Estado para os Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

Quer isso dizer que a proposta de OE 2020 que o Governo deve dar entrada na Assembleia da República na próxima segunda-feira, dia 16, não deve ficar longe do esboço orçamental enviado pelo Governo à Comissão Europeia. O esboço previa um défice de 0,1% este ano e défice zero em 2020 e um crescimento da economia portuguesa para 2% no próximo ano, mantendo-se o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano nos 1,9%.

Cecília Meireles disse ainda que transmitiu ao Governo a preocupação do CDS-PP com o desagravamento da carga fiscal, que de acordo com o partido deve ser uma prioridade a incluir no próximo OE.

“Para nós, era muito importante que pudesse haver um desagravamento da carga fiscal, designadamente para a classe média. Não obtivemos essa garantia nesta reunião. A nossa preocupação entre o equilíbrio que é preciso fazer, com responsabilidade, nas contas públicas e no funcionamento dos serviços públicos”, referiu Cecília Meireles.

Também a Saúde mereceu a atenção do partido nesta reunião, bem como o fim das injeções de capital do Fundo de Resolução. Cecília Meireles sublinha que “é preciso limpar os erros cometidos no passado no sistema bancário” e que essa é uma preocupação do CDS-PP “quer do ponto de vista da justiça, quer sobretudo do que isso ainda pesa no bolso dos portugueses”.

“Contas públicas equilibradas é um desígnio nacional. O CDS nunca o pôs em causa, antes pelo contrário. Fez até parte de um Governo que fez o maior esforço acompanhados dos portugueses nesse sentido”, reiterou.

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