Sustenta o CDS madeirense que o modelo de hospitalização domiciliária “é um mecanismo complementar de prestação de cuidados de saúde que permite, em casos devidamente selecionados, prestar apoio clínico de qualidade no domicílio, a doentes que de outra forma ou não teriam oportunidade de ser internados ou seriam, expondo-se a riscos acrescidos”.
Refere a proposta do CDS madeirense que “este modelo assistencial, existente em vários serviços de saúde europeus, determina a criação de unidades de internamento domiciliário composta por colaboradores voluntários e altamente motivados, nomeadamente médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos e dietistas”.
“Os doentes internados neste tipo de unidades, após efetuarem o diagnóstico preciso a nível hospitalar, serão transferidos para o seu domicílio após avaliação do mesmo, é iniciada monitorização com dispositivos online que permitem acompanhamento permanente por parte da equipa médica residente no hospital. É igualmente instituída a medicação que funciona a horas e com dispositivos de libertação permanente, igualmente monitorizadas e sob controlo da equipa hospitalar”, acrescenta o projeto de resolução.
Diz o CDS que “todos os doentes são monitorizados diariamente por uma equipa que inclui médicos do hospital da zona de referência” e que a medida se destina a doentes que já tenham um diagnóstico preciso, que não tenham condições de saúde associadas relevantes, que a doença que necessita ser tratada não seja particularmente gravosa, que residam habitualmente nos seus domicílios com o apoio de um cuidador, geralmente a família, e que disponham de condições mínimas na habitação.
O CDS lembra que estas unidades estão a espalhar-se pelo país e funcionam já eficazmente no Hospital de Garcia da Horta em Almada e no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
“A criação destas unidades, para além de reduzir os custos de internamento e de possibilitar mais conforto aos doentes, não o removendo do meio familiar, permite ainda aumentar a capacidade de oferta de internamento em alturas sazonais de excesso de lotação dos internamentos hospitalares, nomeadamente nos serviços de Medicina Interna”
Outra das vantagens é a disponibilização das vagas de internamento hospitalar “para que os doentes mais graves tenham as vagas necessárias para o seu tratamento diferenciado”.
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