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Celtejo lidera descargas no rio Tejo

De acordo com os documentos hoje divulgados pela Inspeção-Geral do Ambiente, a Celtejo, do Grupo Altri, é responsável por 70,82% das emissões no rio Tejo, nas proximidades de Abrantes.
5 Fevereiro 2018, 18h30

A Celtejo, empresa do Grupo Altri, de Paulo Fernandes, lidera as descargas no rio Tejo, de acordo com dois mapas hoje divulgados pela IGAMAOT – Inspeção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e do Ordenamento do Território.

Segundo esses documentos, divulgados esta tarde, numa conferência de imprensa do inspetor-geral do Ambiente, Nuno Banza, a Celtejo é responsável por 70,82% das emissões no rio Tejo, no curso do rio nas proximidades de Abrantes, onde desde dia 24 de janeiro se têm sentido um teor de poluição nas águas muito superior ao normal.

A segunda entidade responsável por maiores descargas neste troço do rio Tejo é a ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais de Abrantes, da Fonte Quente, gerida por uma participada do Grupo Lena, a Abrantáqua.

Esta ETAR foi responsável por 15,3% das descargas apuradas pela IGAMAOT neste troço do rio Tejo, seguindo-se a The Navigator (6,85%), Paper Prime (3,30%), ETAR de Mação (2,77%) e ETAR de Vila Velha de Ródão (0,96%).

Os dados apurados pela Inspeção-Geral do Ambiente são ainda mais conclusivos na questão da “carga de carência química de oxigénio” nesta águas de oxigénio, em que a Celtejo é referenciada com uma  carência de 89,91%.

A ETAR de Abrantes (Fonte Quente) volta a surgir em segundo neste parâmetro, com uma grau de carência de oxigénio de 5,2%, seguindo-se a The Navigator (2,73%), ETAR de Mação (1,09%) e ETAR de Vila Velha de Ródão (0,32%).

Apesar destes indicadores, ainda não há conclusões definitivas sobre o papel da celulose da Altri, Celtejo, na poluição deste troço do rio Tejo, aguardando-se os resultados da análise para a próxima semana.

 

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