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Centeno: PEC “dificulta condução da política económica”

“Os contratos têm de ser simples, os contratos têm de ser claros e baseados em variáveis observáveis. Nada disto é feito no PEC”, realça o ministro das Finanças.
27 Outubro 2016, 17h02

O ministro das Finanças afirmou hoje que o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) “dificulta a condução da política económica e a vigilância” das medidas do programa.

“Os contratos têm de ser simples, os contratos têm de ser claros e baseados em variáveis observáveis. Nada disto é feito no PEC”, declarou Mário Centeno.

O crescimento da economia portuguesa tem de ser, na opinião do ministro das Finanças, integrado num contexto de “desaceleração da economia mundial, em particular das economias desenvolvidas”. Centeno afirmou, ainda, que os mercados mais relevantes das exportações portuguesas deparam-se com “choques muito significativos”.

As reformas estruturais de Portugal em curso nos últimos anos “estão em materialização”. “Elas estão implementadas, mas temos de lhe dar espaço e tempo. Nada disto é considerado nas 600 páginas do PEC”, disse Mário Centeno.

O ministro das Finanças anunciou que “tem apresentado em Bruxelas propostas de alteração, de simplificação e de clarificação da metodologia com que esta tão importante variável [o saldo estrutural, que exclui os efeitos do ciclo económico e as medidas temporárias] é utilizada”.

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