O governo regional da Extremadura disse que apoia o prolongamento da vida útil da central nuclear de Almaraz. A conselheira para a Transição Ecológica e a Sustentabilidade Olga Garcia disse que a decisão tem de partir das empresas proprietárias e que se tal acontecer, o executivo da Extremadura vai apoiar a decisão.
“Se houver essa vontade e dentro do marco do Plano Nacional de Energia e Clima, vamos apoiar esse pedido”, disse a responsável na segunda-feira, citada pela agência “Efe”.
Neste momento, só existe uma “realidade”, destacou: Almaraz vai funcionar até 2027/2028. “Isto é o que existe agora, essa é a realidade. É certo que o calendário de saída do parque nuclear nacional tem um horizonte e esse é 2035”, destacou, citada pela “Europa Press”.
A central é detida por várias empresas: Iberdrola com 53%, a Endesa com36% e a Naturgy com 11%.
O prolongamento da vida útil da central nuclear gera grande unanimidade entre os partidos extremenhos, à exceção do Unidas por Extremadura que defende maior investimento em energias renováveis.
Pela sua vez o PP defende o prolongamento da central por a energia nuclear gerar emprego e não depender da Rússia. Pilar Pérez destacou que Almaraz é das poucas povoações cuja população e riqueza crescem.
A autorização de exploração de Almaraz dura até novembro de 2027, no caso do reator I, e até outubro de 2028, no caso do reator II.
Almaraz, com dois reatores, é a maior central nuclear de Espanha com 2.010 megawatts de capacidade instalada. Esta central fica localizada a 320 quilómetros de Lisboa e a 113 quilómetros da fronteira portuguesa.
Sobre os postos de trabalho de Almaraz, a responsável garantiu que será criada uma alternativa com o fim da central nuclear.
“Estamos convencidos que no dia em que se produzir essa saída da central de Almaraz do sistema elétrico nacional vai haver uma alternativa com mais postos de trabalho dos que estão hoje depositados na atividade económica que gera Almaraz em toda a comarca”, destacou.
Olga Garcia afirmou que o fim de Almaraz vai ter lugar sem colocar em risco a segurança do abastecimento elétrico nacional, defendendo que o futuro passa pelo aumento das energias renováveis para diminuir a dependência energética.