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CEO da Colep Packaging: “Portugal tem a taxa de reciclagem mais baixa da Europa”

Responsável defende que existe muito trabalho a ser feito por parte das autoridades governamentais. “Nas latas de bebidas temos países com quase 100% [de reclicagem] e Portugal está abaixo dos 70%”.
9 Junho 2023, 18h00

Colocar Portugal ao nível dos padrões europeus no que toca à sustentabilidade e reciclagem é não só um dos principais desafios que o Governo, bem como a própria sociedade têm nos próximos anos, mas também um sinal de alerta que é transmitido pelo sector das embalagens de metal. Esta ideia é defendida por Paulo Sousa, CEO da Colep Packaging, em entrevista ao Jornal Económico (JE), onde traça também as metas para a segunda metade deste ano, de uma empresa que além de Portugal, atua também nos mercados de Espanha e da Polónia.

Sentem apoio do Governo em contribuir cada vez mais para a sustentabilidade no país?
Acho que em Portugal há trabalho a ser feito, mas infelizmente estamos com a taxa de reciclagem mais baixa da Europa. A média de reciclagem em termos da reciclagem do aço é de cerca de 85,5% na Europa. Temos países com 98% nas latas de bebidas e países com quase 100% e Portugal está abaixo dos 70%. Ainda há muito a fazer em Portugal. Acho que estamos no fundo da Europa e é fundamental o trabalho que tem de ser feito entre o governo, entre as empresas que existem em Portugal e também as diferentes sociedades de reciclagem e até educar o próprio consumidor. Ainda temos trabalho a fazer. Estamos acima das metas que a configuração inicial da nova legislação que vem da Europa trará. Mas quando comparados com os outros países da Europa, estamos bastante atrasados. Acho muito importante a taxa de reciclagem não só pela situação ambiental, como dizem as pessoas, mas também pela dependência da matéria-prima. A Europa não tem muita produção nem de alumínio, nem tem alguma produção de aço, mas ainda depende de muitas importações. Quanto mais pudermos reciclar, menos dependente a Europa será dos fatores externos e da obtenção de matérias-primas. Isso é uma mudança significativa em termos do ambiente económico e de poder abastecer a indústria com o nosso próprio consumo de mercadorias.

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