CGD aumenta proposta salarial para 3,5%, mas sindicatos querem mais

O banco estatal também aceitou aumentar o valor das propostas referentes a alguns subsídios, como o de natalidade e o de trabalhador-estudante, e o plafond do crédito à habitação, dizem MAIS, SBC e SBN. Mas sindicatos pedem mais.

Cristina Bernardo

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) propôs aumentos salariais de 3,5%, afirmam os sindicatos bancários. Apesar de elogiarem a tentativa de aproximação do banco estatal, dizem que a proposta apresentada ainda fica aquém do esperado.

“Registou-se uma pequena evolução por parte da CGD, ao rever a sua posição inicial numa tentativa de aproximar-se da posição dos sindicatos”, referem MAIS, SBC e SBN num comunicado divulgado esta sexta-feira, depois de uma segunda ronda negocial que decorreu na quinta-feira.

De acordo com as entidades sindicais, a instituição financeira liderada por Paulo Macedo “aceitou subir para 3,5% de média ponderada”.

Além disso, dizem, o banco estatal concordou “aumentar o valor das propostas referentes a alguns subsídios, como o de Natalidade e o de trabalhador-estudante, e o plafond do crédito à habitação”. Comprometeu-se também a “analisar a possibilidade de subir o valor mínimo de aumento, que tinha indicado ser de 50 euros”.

Para os sindicatos é, contudo, preciso ir mais longe. “Não obstante, a abertura demonstrada na tentativa de aproximação, a posição da Caixa está ainda muito longe da proposta dos Sindicatos para corresponder às necessidades dos trabalhadores”, concluem.

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