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CGD avança com penhora de bens pessoais de Joe Berardo

A CGD já tem em curso um processo de penhora, com vista executar uma dívida da empresa Metalgest, detida pelo empresário madeirense, no valor de 61,5 milhões de euros.
8 Junho 2019, 12h34

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai avançar com a penhora de bens pessoais e salários do colecionador de arte Joe Berardo, para recuperar créditos que pediu ao banco e que estão em falta. A CGD já tem em curso um processo de penhora, com vista executar uma dívida da empresa Metalgest, detida pelo empresário madeirense, no valor de 61,5 milhões de euros, avança o jornal “Correio da Manhã”.

O “Correio da Manhã” dá conta de que o banco público tem na mira a penhora de salários de Joe Berardo nas empresas para executar a dívida da Metalgest. A CGD tentou recentemente  penhorar o apartamento de luxo na Av. Infante Santo, em Lisboa, onde o empresário madeirense vive. No entanto, o imóvel, que vale atualmente 1,85 milhões de euros, está em nome da sociedade imobiliária Atram, o que impossibilitou a execução.

Em maio, a CGD, BCP e Novo Banco avançaram com a execução da totalidade da Coleção Berardo, conforme o Jornal Económico noticiou. Os três bancos queriam e querem reaver créditos em torno de mil milhões de euros através da execução de penhores dos títulos da Associação Coleção Berardo (ACB), proprietária das obras de arte que foram cedidas ao Estado.

Estes são os bens móveis de Joe Berardo sinalizados pelos bancos para penhorar no âmbito da acção judicial que avançaram no final de abril contra o empresário, juntando esforços para executar a dívida do empresário madeirense que ascende a 962 milhões de euros. Uma iniciativa conjunta que acontece depois de no início do ano ter falhado um acordo para a liquidação dos créditos.

O Jornal Económico apurou que na ação executiva sumária que deu entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, a 20 de abril, a CGD, o BCP e o Novo Banco apresentaram títulos executivos “fortes”, onde constam os títulos da Associação Coleção Berardo  que foram dados como penhores (garantias reais) dos créditos a Joe Berardo para compra de ações.

Em causa estão garantias prestadas pelo empresário junto dos bancos de 75% dos títulos da dona da coleção de arte exposta no Centro Cultural de Belém (CCB), numa percentagem que acabou por chegar aos 100% após os primeiros reforços de cobertura de garantias quando Berardo voltou a falhar as suas obrigações.

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