O resultado líquido consolidado dos primeiros nove meses de 2021 atingiu os 429 milhões de euros, (-9,4% face ao mesmo período de 2020 quando os resultados somavam 392 milhões de euros). Este lucro é equivalente a uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 6,9%.
A melhoria económica leva a CGD a anunciar um dividendo extraordinário de 300 milhões ao Estado.
O lucro inclui um resultado extraordinário de 32,7 milhões de euros (depois de impostos) decorrentes da reavaliação das responsabilidades com benefícios pós-emprego (fundo de pensões e plano médico) e provisões para o programa de pré reformas. Deste modo, o resultado líquido corrente foi de 394 milhões de euros o que corresponde ao aumento de 15,2% face ao resultado corrente do período homólogo (342 milhões). O banco justifica com os resultados de operações financeiras que subiram 259,7% para 139,5 milhões.
As novas imparidades para créditos somam 180,4 milhões. Um reforço face ao valor do fim de junho. O que, líquida de recuperações (-138 milhões) se traduziu num custo de risco de crédito de 0,11%. Estas imparidades novas são preventivas para os efeitos potenciais do fim das moratórias.
Os custos de estrutura recorrentes apresentam uma redução de 1,6% face aos primeiros nove meses de 2020, para 606 milhões, refletindo uma melhoria nos níveis de eficiência evidenciada pelo rácio cost-to-income de 38,5% e 47,3% em termos recorrentes, abaixo do ano passado.
No balanço, os depósitos de clientes aumentaram 5,8 mil milhões de euros nos primeiros nove meses, evolução de 8% essencialmente justificada pela captação da CGD em Portugal, impulsionado pelo aumento da taxa de poupança das famílias.
O stock de crédito a empresas em Portugal (excluindo os sectores de construção e imobiliário) cresceu 5,9% nos primeiros nove meses, reforçando o apoio às empresas.
Na produção de crédito à habitação a CGD manteve a tendência de aumento da quota de produção que atingiu 24,2% entre janeiro e agosto, o que traduz um crescimento de 56% face ao período homólogo.
Melhoria da qualidade dos ativos, com rácio de Non-Performing Loans (NPL) em 2,8% o que, a par do reforço de imparidades, permite atingir um rácio de NPL líquido de imparidades de 0% (se consideradas todas as imparidades de crédito).
Os rácios de capital após os dividendos extraordinários ficam em 18,2% no capital core (CET1) e 20,8% no capital total, situando-se acima da média para os bancos da zona euro.
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