O secretário-geral do PSD, Passos Coelho, acusa o Governo de António Costa de agir com “despudor total” e “indignidade” no caso da Caixa Geral de Depósitos (CGD), classificando a ação do Governo como uma “total falta de ética política.
“É um despudor total e eu penso que não é só uma indignidade para a função do Estado, eu acho que é também uma total falta de ética política. Se isto não é bater no fundo, o que é bater no fundo? Se isto não é faltar ao respeito às pessoas, o que é?”, disse Passos Coelho durante num jantar de homenagem a antigos autarcas em Vila Real.
Sobre o eventual acordo do Executivo e da administração do banco que dispensa os gestores públicos de apresentarem as suas declarações de rendimentos, o líder social-democrata sublinha que o governo deve “uma explicação aos portugueses”.
“Esta não é uma questão de guerra partidária, de estar mais bem-dispostos ou menos bem-dispostos, é uma questão de decência”, afirma.
O PSD instou António Costa na sexta-feira a desmentir a existência de um acordo por escrito entre o Governo e o presidente da Caixa, António Domingues. O ministro das Finanças, Mário Centeno, não confirmou, mas também não negou de forma categórica.
Durante o programa da SIC Notícias “Quadratura do Círculo”, o comentador António Lobo Xavier declarou que há de facto um compromisso por escrito entre o Governo e CGD que defende a não apresentação das declarações.
O Conselho de Administração da CGD reuniu-se na quinta-feira para tomar uma decisão em relação ao caso mas até agora nada foi divulgado publicamente. Em causa está o impasse gerado depois da recusa de nova equipa de administração da CGD em apresentar as declarações de rendimentos e de património ao Tribunal Constitucional.
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