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CGTP exige que reeleição de Marcelo se traduza na “valorização do trabalho e dos trabalhadores”

A confederação sindical liderada por Isabel Camarinha considera que, “mais do que proclamar”, é preciso “cumprir e fazer cumprir” a Constituição, para evitar os “projetos antidemocráticos” que querem acabar com “os valores de abril”.
  • MÁRIO CRUZ/LUSA
26 Janeiro 2021, 12h16

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) apelou esta terça-feira, 26 de janeiro, para que a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa para Presidente da República se traduza numa “valorização do trabalho e dos trabalhadores”. A confederação sindical considera que é preciso “cumprir e fazer cumprir” a Constituição, para evitar os “projetos antidemocráticos” que querem acabar com “os valores de abril”.

“Nos próximos cinco anos exigimos da Presidência da República uma ação que, mais do que proclamar, efetivamente defenda, cumpra e faça cumprir a Constituição da República Portuguesa (CRP). É no cumprimento do projeto inscrito na CRP, nos valores, direitos, liberdades e garantias que esta consagra, desde logo com a valorização do trabalho e dos trabalhadores, que reside o melhor antídoto contra projetos antidemocráticos que querem ajustar contas com os valores de Abril”, lê-se num comunicado enviado às redações.

A confederação sindical liderada por Isabel Camarinha defende que é “no reforço do Serviço Nacional de Saúde, no desenvolvimento da escola pública, na garantia da proteção social e de serviços públicos de qualidade” que reside “o futuro do país” e que “é tempo” de “implementar uma política que aumente a produção, assegure o pleno emprego e promova uma justa distribuição da riqueza, com a valorização do trabalho e a dignificação dos trabalhadores”.

A CGTP-IN alerta o Presidente reeleito para a necessidade de dar resposta às “brutais dificuldades” de milhares de trabalhadores e reformados, devido às “opções económicas e sociais” que se agravaram devido à Covid-19, “desequilibradas a favor do capital e com consequências na redução de retribuições, no aumento do desemprego e da pobreza, nos aproveitamentos do patronato, sempre a tentar retirar ou limitar direitos”.

“Impõe-se continuar a luta para valorizar o trabalho e os trabalhadores, cumprir a Constituição e os direitos e valores de Abril”, sublinha.

A confederação sindical diz ainda que vai continuar a mobilizar os trabalhadores, “pela promoção da unidade na ação, pelos direitos contra as desigualdades e as discriminações, pela solidariedade contra o individualismo”, e intensificar a ação sindical. Para dia 25 de fevereiro, está já convocada uma “grande Jornada de luta nacional” para garantir o aumento geral dos salários e revogar as “normas gravosas” da legislação laboral.

A CGTP acrescenta que, “não ignorando a elevada abstenção verificada”, os níveis de participação nas eleições presidenciais deste domingo mostram que “os portugueses compreendem que a democracia não está suspensa” e sabem que “a construção de um futuro melhor é dar vida à democracia”, ainda que as eleições tivessem sido apresentadas, segundo a CGTP, “como sendo uma corrida com vencedor antecipado”.

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