No dia em que se assinala os 43 anos do SNS, a União dos Sindicatos de Lisboa irá realizar um conjunto de ações, inseridas no âmbito da campanha promovida pela CGTP-IN sob o lema “defender e reforçar o SNS público, gratuito e universal”, que culminarão amanhã com a realização de uma manifestação, do Saldanha para o Ministério da Saúde. Na lista das reivindicações está a valorização das carreiras e remuneração e contratação de mais profissionais de saúde, sem recurso ao trabalho precário.
A União dos Sindicatos de Lisboa salienta hoje, em comunicado, que “a situação em que se encontra o nosso Serviço Nacional de Saúde é grave”, acrescentado que Portugal é um dos países da UE onde a despesa corrente em saúde suportada pelas famílias é a mais elevada.
“A população cada vez tem mais dificuldade no acesso aos serviços públicos de saúde”, frisa, dando conta da “degradação” das condições de trabalho (a precariedade, a não valorização das carreiras, as remunerações, os elevados ritmos de trabalho) dos profissionais de saúde, a que o governo, diz, “teima em não dar resposta” e contribuem para “a degradação do SNS e para a promoção do negócio privado da saúde em Portugal”.
Para a União dos Sindicatos de Lisboa, o SNS tem um papel “fundamental” na redução das desigualdades e é “insubstituível”, na melhoria da qualidade de vida da população.
“É neste contexto que a USL/ CGTP-IN e a plataforma decidiram realizar esta ação de luta, exigindo a defesa e reforço do SNS público, universal e gratuito”, afirma a estrutura sindical.
A CGTP tem destacado o aumento do número de utentes sem equipa de saúde familiar, mais acentuado na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde, diz, cerca de 24% dos inscritos nos Centros de Saúde continuam sem médico de família. E a possibilidade de encerramento dos Hospitais de São José, Sto. António dos Capuchos, Curry Cabral, Sta. Marta, Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa, com a construção do Hospital de Lisboa Oriental.
Na lista das reivindicações está a valorização das carreiras e remuneração e contratação de mais profissionais de saúde, sem recurso ao trabalho precário. E também o desenvolvimento dos cuidados de saúde primários, com a promoção da saúde e a prevenção da doença, da saúde mental, reabilitação, cuidados continuados, paliativos e domiciliários, abrindo mais especialidades médicas e o direito a cada utente ter médico e enfermeiro de família.
A CGTP defende ainda estar contra o encerramento de hospitais e pela abertura dos hospitais de Lisboa Oriental e Sintra (mais valências e mais camas).
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