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CGTP quer que Autoeuropa produza carros elétricos

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, quer que o Governo discuta uma estratégia produtiva de médio e longo prazo para a fábrica da Autoeuropa, em Palmela, que passe pela produção de carros elétricos. Arménio Carlos adianta, num artigo de opinião divulgado hoje no jornal Público, que a CGTP considera “que este é o momento certo […]
19 Dezembro 2017, 08h05

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, quer que o Governo discuta uma estratégia produtiva de médio e longo prazo para a fábrica da Autoeuropa, em Palmela, que passe pela produção de carros elétricos. Arménio Carlos adianta, num artigo de opinião divulgado hoje no jornal Público, que a CGTP considera “que este é o momento certo para discutir uma estratégia de médio e longo prazo para a fábrica”.

“Neste sentido, e no momento em que a Volkwagen já chegou a um acordo com o Governo alemão relativamente à substituição de uma parte da produção dos carros com motor a combustão por viaturas com motor elétrico, assim como às condições de condicionamento da circulação dos primeiros e apoios à comercialização dos segundos, é altura de o Governo assegurar as condições necessárias junto da multinacional para que a Autoeuropa seja parte integrante desta nova fase da estratégia produtiva”.

Arménio Carlos adianta que a proposta já foi apresentada ao Governo e que “se espera seja tratada em tempo útil, para bem dos trabalhadores, do emprego e da economia do país”. De acordo com o secretário-geral da CGTP, os trabalhadores já provaram que estão empenhados na consolidação e desenvolvimento da fábrica.

No artigo de opinião, o sindicalista lembra que os “mesmos trabalhadores que ontem eram endeusados por dar aval a vários acordos são hoje enxovalhados por se oporem a propostas da administração da empresa e ostracizados por se indignarem contra uma administração que fala em diálogo social e recorre à imposição para tentar forçar a aplicação de medidas repudiadas pela comunidade laboral”.

“Por muito que alguns pretendam fazer crer, o conflito laboral na Autoeuropa não resulta de confrontos entre a CT e os sindicatos nem de qualquer manipulação partidária, mas de um descontentamento generalizado dos trabalhadores que se vem expressando de forma clara e inequívoca ao longo dos últimos anos”, disse.

No entender de Arménio Carlos, o que se discute “é o direito dos trabalhadores serem parte ativa na discussão e decisão sobre a organização e gestão do tempo de trabalho face à importância deste para a retribuição, a saúde, o repouso e a articulação da vida profissional com a vida pessoal e familiar”.

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