[weglot_switcher]

10 de Junho: Chega e IL aplaudem discurso do Presidente: “os ramos têm de ser cortados”

Na leitura de André Ventura e Rui Rocha, “os ramos mortos que atingem a árvore toda” a que aludiu Marcelo Rebelo de Sousa no seu discurso do Dia de Portugal, Camões e das Comunidades, são ministros do Governo, com destaque para João Galamba.
  • António Pedro Santos/Lusa
10 Junho 2023, 18h18

A metáfora vai ficar para a história. Em Peso da Régua, o Presidente da República considerou este sábado, 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, ser necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”.

A oposição à direita glosou a imagem.  André Ventura elogiou o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, apelou ao Governo para cortar “os ramos infetados” e insistiu na existência de uma alternativa à direirta.

“O Chega reconhece-se na mensagem do senhor Presidente da República e volta a apelar ao Governo que,  neste momento, seja capaz de fazer não só as reformas de que o país precisa, mas de cortar os ramos infetados, degradados, destrutivos, que o país tem que cortar”, afirmou André Ventura numa reação em vídeo.

Mais adiante, precisou: “É evidente que tem que ser cortados. Ministros como João Galamba, Fernando Medina, Duarte Cordeiro – uns pelas trapalhadas em que estão metidos, outros por suspeitas de criminalidade grave, não podem continuar a desprestigiar o Governo português.”

Também Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, entendeu os “ramos que é preciso cortar como ministros”. No Porto, onde se encontrava, afirmou aos jornalistas: “Há vários ramos deste Governo que são ramos que não têm viabilidade, já mostraram que não têm condições para estar no Governo”.

Numa reação imediata ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, que “mais do que uma poda”, o país precisa “de uma árvore nova”.

Uma árvore que nas palavras de Rui Rocha “devolva confiança aos portugueses, que traga transparência, que traga crescimento económico, que traga oportunidades para os portugueses e que possa, portanto, reverter este ciclo de degradação, de decadência, em que o país está mergulhado”.

Esta manhã à chegada ao Peso da Régua, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, que estava acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e pela ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, foi recebido com alguns assobios enquanto se dirigia para a cerimónia militar.

João Galamba está no centro de uma polémica que envolve o seu antigo adjunto Frederico Pinheiro, relativa aos incidentes que decorreram, na noite de 26 de abril, no Ministério e que provocaram a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação do computador do ex-adjunto.

O Presidente da República defendeu este 10 de Junho que Portugal não pode desistir de “criar mais riqueza, mais igualdade, mais coesão”.

Luís Montenegro nas celebrações do 10 de Junho: “Quero ser primeiro-ministro”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.