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Chega pede em tribunal “levantamento imediato das restrições” a restaurantes e comércio, revela André Ventura

“Não há ninguém que compreenda que fechar restaurantes à uma da tarde ao sábado e ao domingo ajuda a combater o que quer que seja e portanto estamos a destruir o tecido económico e comercial e não estamos a contribuir para conter essa pandemia”, frisou André Ventura.
  • Mário Cruz/Lusa
17 Novembro 2020, 17h39

O presidente do partido Chega e deputado único desta força política, André Ventura, revelou aos jornalistas que o partido pediu o “levantamento imediato das restrições” a restaurantes e comércio, que anule a restrição de encerrarem às 13h00 (no caso de estar inserido nos concelhos abrangidos pelo estado de emergência.

Após reunião esta terça-feira com Marcelo Rebelo de Sousa sobre o OE2021 e estado de emergência, em Belém, André Ventura referiu “que hoje entrou novamente na justiça uma ação do Chega para levantamento imediato das restrições aos restaurantes e ao comércio sobretudo aos fins de semana”.

“Não há ninguém que compreenda que fechar restaurantes à uma da tarde ao sábado e ao domingo ajuda a combater o que quer que seja e portanto estamos a destruir o tecido económico e comercial e não estamos a contribuir para conter essa pandemia”, explicou o líder do Chega.

No sábado, 14 de novembro, André Ventura marcou presença na manifestação contra as regras do Governo que decorreu em Lisboa. “Não podia estar noutro lugar senão aqui, ao lado do setor da restauração, dos eventos e hotelaria. Há outros que falam, nós estamos aqui”, escreveu André Ventura no Twitter.

Noutra publicação, o líder do Chega prometeu juntar-se “sempre com quem trabalha e paga impostos. Em momentos de crise, são os primeiros a quem o Estado vira as costas”.

Quanto ao estado de emergência, André Ventura garantiu que o partido não vai viabilizar o regime. “Deixamos claro que isto nada tem que ver com o decreto presidencial, mas com as restrições absurdas que o Governo decidiu impor no âmbito deste estado de emergência, que estão a criar um caos económico gigantesco e um caos social e deixamos claro que foi essa a razão pelo qual não vamos viabilizar”.

“O Chega sentiu-se defraudado na conversa que teve com o Governo que aproveitou o estado de emergência para impor uma série de restrições absurdas, muitas vezes confusas, a mudá-la dentro da execução em vários aspetos como se viu com os horários nas grandes superfícies”, explicou André Ventura.

Sobre o Orçamento do Estado, o líder do Chega previu uma “crise política”. Aos jornalistas, André Ventura contou que durante a conversa com o Governo, revelou precaução “em relação aos parceiros do governo que estão desejosos de saltar fora do barco da governação. O Bloco de Esquerda já se colocou fora e não dá sinais de querer vir a viabilizar este orçamento e o PCP como aliás já fez no Orçamento suplementar não dá sinais ou dá sinais muito contraditórios do que pode vir a fazer”. “Isto significa que podemos ter uma crise política na votação global”, assegurou.

Ventura considerou ainda este “o pior dos momento para que isso aconteça”. “Estamos a meio de uma luta pandémica, vamos ter eleições presidenciais em janeiro e a esquerda nem aqui se consegue entender quando estiveram, enquanto as coisas correram bem, sempre de mãos dadas para aprovar o Orçamento”, completou.

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