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Chile: 33 mineiros que ficaram presos em mina em 2010 ainda não foram indemnizados

Ao fim de 10 anos, e de um filme protagonizado por Antonio Banderas, os mineiros resgatados sustentam que não receberam uma única moeda e que todos, menos os que tiveram soterrados, lucraram com a sua história.
7 Agosto 2020, 17h10

Em 2010, 33 mineiros que ficaram presos numa mina que desabou no Chile. Durante 69 dias, os 33 colegas de profissão ficaram subterrados a 600 metros debaixo de terra e, 10 anos depois ainda não foram indemnizados nos 100 mil dólares que o Estado chileno prometeu depois de serem resgatados.

Ao fim de 10 anos, e de um filme protagonizado por Antonio Banderas, os mineiros resgatados sustentam que não receberam uma única moeda e que todos, menos os que estiveram soterrados, lucraram com a sua história. Os 33 colegas, que se tornaram símbolos de esperança e solidariedade, queixam-se de terem sido esquecidos pelo seu país, Executivo e pelo mundo, tendo mergulhado num estado de ansiedade e depressão, sendo que muitos acusam mesmo dependência de medicamentos.

Depois do Estado chileno ter sido condenado a pagar 100 mil dólares a cada mineiro, pediu recurso e o caso voltou a tribunal, estando agora empatado nas mãos da justiça devido à pandemia da Covid-19, que suspendeu o mundo. Os que ainda aceitam falar sobre o acidente mostram-se revoltados e amargurados por terem sido esquecidos por todos.

O dia 5 de agosto de 2010 vai ficar marcado na vida dos 33 mineiros, na altura com idades compreendidas entre os 19 e 63 anos, quando durante 69 dias ficaram prisioneiros devido a um deslizamento de terras. Levou 17 dias para que fossem encontrados com vida dentro da mina a norte da capital, além de mais 52 dias para serem todos retirados da mina destruída, num resgate que passou em todas as televisões mundiais.

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