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China ameaça EUA com guerra comercial por causa de tarifas sobre aço e alumínio

Administração Trump pondera taxar as importações de aço e alumínio da China, alegando motivos de segurança nacional. Por seu lado, as autoridades chinesas ameaçam com represálias, nomeadamente sobre o produto agrícola que os EUA mais importam da China: a soja.
20 Fevereiro 2018, 15h09

Perante a autorização concedida à Administração de Donald Trump para impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio, nos Estados Unidos da América (EUA), alegando motivos de segurança nacional, a República Popular da China ameaça retaliar, fazendo antever uma guerra comercial entre as duas superpotências económicas.

Na sexta-feira, dia 16 de fevereiro, Wilbur Ross, secretário do Comércio dos EUA, sugeriu a possibilidade de introduzir uma tarifa global de pelo menos 24% às importações de aço e 7,7% às de alumínio. Ross invocou então vários estudos comerciais que indicam que “o aumento das importações nos últimos anos [de aço e alumínio] supõe uma ameaça à segurança nacional”, salienta o jornal “Financial Times”.

Por seu lado, Wang Hejun, membro do Ministério do Comércio da China, considera que seria imprudente aplicar tarifas por alegados motivos de segurança nacional. “A margem de segurança nacional é muito ampla e pode-se abusar do conceito, se não houver uma definição clara”, alertou o dirigente chinês. “Se a decisão final dos EUA ameaça os interesses nacionais tomaremos as medidas oportunas para proteger os nossos direitos legítimos”, garantiu.

De acordo com o “Financial Times”, vários analistas consideram que Pequim tenciona evitar uma escalada de tensões com os EUA, por temer que a sua economia, fortemente dependente das exportações, acabe por ser afetada. No entanto, a China poderá fazer incidir as suas represálias em setores concretos, nomeadamente os produtos agrícolas e especificamente a soja, da qual os EUA são o principal importador.

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