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China estará a construir rede de campos de refugiados na fronteira com a Coreia do Norte

Trata-se de uma das medidas da China para responder ao êxodo humano que se desencadear à medida que aumenta o impasse entre a comunidade internacional e o regime norte-coreano.
12 Dezembro 2017, 11h29

A China estará a construir de forma secreta uma rede de campos de refugiados ao longo da fronteira com a Coreia do Norte. Preocupado com o crescente impasse em relação a Pyongyang, Xi Jinping terá tomado a medida para responder a essa instabilidade política.

A rede de campos de refugiados é uma das medidas da China para responder ao êxodo humano que se desencadear à medida que aumenta o impasse entre a comunidade internacional e o regime norte-coreano – mesmo depois das várias sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O plano consta alegadamente de um documento interno do governo, que terá sido roubado a um gigante estatal das telecomunicações, encarregue de fornecer serviços de Internet aos campos. A rede localizar-se-á no limite entre os dois estados, que tem 1.416 quilómetros de comprimento, se situa a norte da península coreana e que tem início a oeste no mar Amarelo, seguindo o rio Yalu até à sua nascente, no monte Baekdu.

Segundo o Financial Times, que avançou a notícia, e o The Guardian, através do seu correspondente em Pequim, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês negou-se a confirmar a existência dessa rede, mas não negou que estivesse de facto a ser construída.

“As tensões estão altas da península coreana. Está à beira da guerra. Como uma grande potência e um país vizinho, a China deve fazer planos para todas as eventualidades”, disse ao diário britânico Cheng Xiaohe, especialista em Coreia do Norte da Universidade Renmin, em Pequim.

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