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China garante estar disposta a pagar o preço das sanções à Coreia do Norte

As últimas sanções aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), este sábado, podem vir a privar Pyongyang de mil milhões de dólares de receitas anuais e, consequentemente, lesar a economia chinesa, que é a principal importadora dos produtos norte-coreanos.
8 Agosto 2017, 11h10

A China garante estar empenhada em avançar com a pressão sobre a Coreia do Norte para que esta abrande o seu programa de desenvolvimento nuclear e afirma estar disposta a pagar o preço pelas sanções económicas aplicadas ao país. Em causa está a estreita relação económica entre a China e Pyonyang que, com a aplicação das novas sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), pode vir a conhecer uma queda de milhões de euros.

“Devido aos laços económicos entre a China e a Coreia do Norte, o Governo chinês será o principal afetado pela implementação de novas sanções ao país”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. “No entanto, para proteger o sistema internacional de não proliferação e a paz e a estabilidade regionais, a China implementará de forma completa e estreita todo o conteúdo da medida”.

As últimas sanções aprovadas por unanimidade na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), este sábado, podem vir a privar Pyongyang de mil milhões de dólares de receitas anuais. A resolução da ONU proíbe as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, chumbo e  frutos do mar.

O anúncio de um maior comprometimento da China face à ameaça nuclear da Coreia do Norte surge depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que estava “desapontado” pela falta de vontade política demonstrada por Pequim. A Administração Trump admitiu na altura estar a ponderar abrir uma investigação às alegadas práticas comerciais “injustas” da China como forma de retaliação face à inércia chinesa em apertar as sanções ao país do qual é o maior importador.

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