O índice de preços ao consumidor na China aumentou apenas 1,8% em termos homólogos no anterior mês de dezembro. Isto quer dizer que o principal indicador da inflação da segunda maior economia mundial subiu apenas 2% durante o ano de 2022, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística chinês.
O regime de Pequim tinha definido como meta os 3%, face à crescente subida das taxas de juro por parte da maioria dos bancos centrais e à disrupção da economia global em virtude do conflito na Ucrânia.
Os dados hoje divulgados também apontam alguma luz ao índice de preços ao produtor, que avalia os preços na indústria. Este indicador recuou 0,7% em termos homólogos no mês passado, o que simboliza um crescimento anual de 4,1%.
Em novembro, a taxa de inflação tinha aumentado 1,6%. A evolução deste indicador no último mês do ano coincide assim com as projeções dos analistas.
Já numa comparação feita mensalmente, o índice de preços ao consumidor permanece assim próximo aos dados de novembro, mas na indústria assinala-se um recuo de meio ponto percentual.
O crescimento económico da segunda maior economia do mundo tinha sido revisto em baixa para este ano, de acordo com um relatório do Banco Mundial, para 4,3% ao invés dos 5,2% apontados em junho do ano passado.
Na origem dos cálculos díspares está a incerteza assente na subida das taxas de juro por parte da maioria dos bancos centrais face à complexa conjuntura macroeconómica decorrente da guerra na Ucrânia.