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China, Rússia e Canadá poderão impulsionar catástrofe ambiental, revela novo estudo

O estudo que avalia a ambição de cada nação em reduzir as emissões de gases revela que as políticas ambientais da China, Rússia e Canadá poderão levar o Mundo a uma catástrofe ambiental. Estes países revelam temperaturas acima do 5ºC.
17 Novembro 2018, 10h10

As políticas ambientais da China, Rússia e Canadá poderão levar o Mundo a uma catástrofe ambiental. Estes países revelam temperaturas acima do 5ºC, segundo o mais recente estudo, divulgado pelo ”The Guardian” sobre o impacto do aquecimento global em vários países.

Ligeiramente atrás, vêm os Estados Unidos da América e a Austrália com políticas que poderão aumentar a temperatura global acima dos 4º Celsius, embora até mesmo a União Europeia (UE), que geralmente é vista como líder climática, esteja a caminho de mais do que duplicar os 1.5º Celsius – a temperatura que os cientistas dizem ser um nível moderadamente seguro de aquecimento.

https://jornaleconomico.pt/noticias/relatorio-exige-transformacoes-sem-precedentes-para-limitar-aquecimento-global-363211

O estudo intitulado de ”Warming assessment of the bottom-up Paris Agreement emissions pledges, publicado esta sexta feira, 16 de novembro, no site da revista ”Nature”, ”Nature Communications”, avalia a a ambição de cada nação de reduzir as emissões de gases e o aumento de temperatura que resultaria dessa falta de cortes.

O objetivo do documento é o de informar os negociadores climáticos, numa altura em que se inicia um processo de dois anos para atingir novas metas face aos mais recentes compromissos climáticos. Segundo o novo estudo, estas metas estão muito aquém dos objetivos estabelecidos em França há três anos.

O site ”Paris Equity Check” serve de guia, e ilustra como as nações estão a reagir à maior ameaça ambiental que a humanidade já enfrentou. Entre as principais economias, o estudo mostra que, entre os países desenvolvidos, a Islândia e a Noruega estão a liderar o caminho. Os países menos desenvolvidos são geralmente mais ambiciosos, em parte porque têm menos fábricas, centrais elétricas e carros, o que significa que eles têm menos emissões para controlar.

Portugal, encontra-se no vermelho, com uma temperatura muito acima da meta estabelecida para 2030, de 4,1ºC.

A grande industria chinesa, e os principais exportadores de energia, pouco parecem fazer para limitar as emissões de dióxido de carbono. Estes incluem a Arábia Saudita (petróleo), a Rússia (gás) e o Canadá, que está a atrair grandes quantidades de óleo das areias betuminosas.

Ligeiramente com melhor performance está o grupo de países que pressiona o planeta para além dos 4ºC. Entre estes estão os EUA, com enormes emissões de energia, indústria e agricultura, um pouco compensadas por promessas de cortes modestos e mais renováveis. A Austrália, que continua fortemente dependente das exportações de carvão, também entra nesta categoria.

“É interessante ver em que ponto alguns países estão, mesmo aqueles que são considerados líderes na narrativa de mitigação climática”, disse o autor do estudo, Yann Robiou du Pont, da Universidade de Melbourne, que antecipa que o estudo se torne controverso já que admite não haver um consenso de sobre o que é uma parcela justa de responsabilidade.

Devido a esta falta de consenso, cada nação estabelece as suas próprias metas de acordo com vários fatores diferentes, incluindo vontade política, nível de industrialização, capacidade de pagamento, tamanho da população, responsabilidade histórica pelas emissões.

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