China Three Gorges garante que não quer fazer despedimentos na EDP

A China Three Gorges (CTG) garante que não pretende fazer despedimentos no grupo EDP, se tiver sucesso na oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a empresa, revela a sociedade chinesa, no projecto de prospecto da OPA à elétrica liderada por António Mexia.

No documento, a CTG explicita que “não antecipa mudanças significativas no número de trabalhadores da sociedade visada”.

As políticas a adotar no que respeita aos recursos humanos da EDP passarão pela “otimização de recursos e desenvolvimento dos seus trabalhadores”, diz o relatório de resposta à OPA emitido pela EDP. Isto, adianta, “tendo sempre em consideração a necessidade de uma gestão efetiva da Sociedade Visada, a criação de valor para os seus acionistas e stakeholders e ainda o cumprimento da política de responsabilidade social definida e adotada pela Sociedade Visada”.

Presentemente, relata a EDP, “não se antecipa a necessidade de quaisquer mudanças relevantes nas condições de trabalho dos colaboradores da Sociedade Visada ou a relocalização de um número significativo de trabalhadores”.

A empresa chinesa, segundo a Relatório da visada, declara ainda que “a estratégia e os valores definidos, neste âmbito, pela sociedade visada [EDP] são essenciais para o seu desenvolvimento”.

“A estratégia relativa aos recursos humanos assenta na promoção contínua do desenvolvimento e melhoria de todos os seus colaboradores e no fomento do seu alinhamento com os valores e cultura corporativa da sociedade visada, contribuindo assim para a sustentabilidade do negócio em todo o grupo”, diz a EDP que adianta que a China Three Gorges demonstra a intenção de manter a presença da EDP nas geografias onde esta se encontra actualmente.

Ainda assim, adianta a EDP, a oferente menciona “melhorias potenciais da performance, […] e reorganizações societárias estratégicas”.

“Neste contexto, apesar do Conselho de Administração Executivo não prever um impacto relevante nos interesses dos trabalhadores da EDP, em particular em geografias onde não há sobreposição, deve clarificar-se que reorganizações societárias estariam previstas e a intenção relativa às geografias onde existe sobreposição”, alerta a administração da EDP.