Chipre vai cobrir custo das férias a turistas que ficarem infetados no país

O Chipre admitiu pagar o custo das férias aos turistas que testaram positivos depois de viajar para o país, avança a ‘BBC’ esta quinta-feira, 28 de maio.

O Governo tornou a medida na passada quarta-feira, e afirmou que iria pagar as acomodações, ou seja hotel ou alojamento local, alimentação e medicamentos e consultas médicas para os pacientes infetados e para as suas famílias.

Desta forma, os turistas só têm de “suportar os custos do transfer para o aeroporto e do voo de repatriamento”, adiantou o governo do Chipre. Segundo a ‘BBC’, este é um conjunto de medidas que tem como objetivo final atrair novamente os visitantes à ilha.

Até à data, o país conta atualmente com 939 casos e 17 óbitos, segundo a Universidade de Johns Hopkins. Desde o início da pandemia que o Chipre só testou 10% do total da sua população.

Ainda que esteja a evitar abrir o país ao turismo, o setor contribuiu para 15% do Produto Interno Bruto no ano passado, significando que existe uma grande subsistência do turismo no país. “A pancada é massiva, e estamos a tentar dar o nosso melhor para o resto da temporada”, disse o secretário de Estado do turismo, Savvas Perdios, acrescentado que o governo tem trabalhado arduamente para manter o vírus longe do país.

Com o encerramento de todas as fronteiras durante quase três meses, o governo estima que devem perdem cerca de 70% dos 2,6 mil milhões de euros em receitas geradas pelo turismo.

As autoridades de saúde do Chipre afirmaram que, com o regresso do turismo, têm disponíveis 100 camas para os turistas que testem positivo no país, além de ter 112 camas nos cuidados intensivos equipadas com 200 ventiladores, bem como 500 quartos de “hotéis de quarentena” para os familiares com que o infetado manteve contacto mas que não estão infetados.

No próximo dia 9 de junho, o Chipre tem nos planos gerais reabrir todos os seus aeroportos, juntando-se a países que apresentam um risco diminuído, como é o exemplo de Malta, Alemanha, Grécia e Israel. Para os países que representam a maior percentagem de turismo no Chipre, como a Rússia e o Reino Unido, e que ainda se encontram com taxas elevadas de infeção, a ilha do Mediterrâneo só deverá permitir viagens em julho.

No primeiro dia em que as viagens serão permitidas, só 19 países serão autorizados a viajar para o país, enquanto no dia 20 de junho mais 13 países poderão iniciar as viagens para o Chipre. Todos os passageiros que tiverem o Chipre como destino, terão de ser testados para o novo coronavírus três dias antes do dia de embarque.