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Choque e pavor: Donald Trump é o novo presidente dos EUA

O candidato republicano à Casa Branca, o polémico Donald Trump, será o próximo presidente dos EUA. Hillary já reconheceu a derrota.
  • REUTERS / Carlo Allegri
9 Novembro 2016, 08h40

Segundo a CNN, até agora, Trump conquistou 288 votos eleitorais e Hillary 215, sendo que o vencedor precisava de 270 (de um total de 538) para garantir a eleição. Em termos de votos totais, Trump terá conseguido 47,8% e Hillary terá alcançado 47,4%, o que significa que o empresário terá uma vantagem de cerca de meio milhão de votos, segundo as projecções da estação televisiva.

“Acabei de receber uma chamada de Hillary Clinton. Ela deu-nos os parabéns pela nossa vitória e eu dei-lhe os parabéns a ela e à sua família por uma campanha muito dura”, disse Donald Trump no seu discurso de vitória.

“Prometo a todos os cidadãos da nossa terra: vou ser o presidente de todos os americanos”, disse Donald Trump, num tom radicalmente diferente do que adoptou durante a campanha eleitoral, pedindo a todos os cidadãos americanos, republicanos ou democratas, para o ajudarem a desempenhar a sua missão.

No seu discurso, Trump prometeu “dar-se bem com todas as nações que se dêem bem” com os Estados Unidos, lançar um grande programa de obras públicas e “cuidar dos cidadãos que têm sido esquecidos”.

Segundo a CNN, Trump vai ser recebido pelo presidente Barak Obama na próxima quinta-feira, para preparar a passagem de testemunho na Casa Branca. O empresário vai tomar posse no início do próximo ano.

Os mercados reagiram de forma negativa à vitória de Trump, com as principais bolsas europeias e asiáticas em queda. A penalizar os mercados estão os receios em relação à presidência de Donald Trump, dada a incerteza e imprevisibilidade em áreas como os acordos comerciais e a política orçamental e fiscal.

Uma vitória inesperada

A vitória do polémico candidato republicano surpreendeu os analistas, uma vez que as previam que Hillary Clinton vencesse com alguns pontos de vantagem. Trump venceu não só nos estados que votam tradicionalmente no Partido Republicano mas também em estados que são tradicionalmente democratas, como o Wisconsin, num claro sinal de que conseguiu conquistar votos na classe trabalhadora branca que habitualmente vota nos democratas.

Trump venceu também em estados cruciais como a Pensilvânia e na Florida. Está foi determinante, com os seus 29 votos. Ambos os candidatos passaram bastante tempo em campanha na Florida: Trump chama ao estado a sua “segunda casa” e sabia-se que uma vitória ali seria vital para lhe abrir caminho para a Casa Branca. Quando estão contados 99% dos votos naquele estado, Trump obteve 49,1%, contra 47,7% para a sua adversária democrata, Hillary Clinton.

O Presidente norte-americano cessante, Barack Obama, ganhou na Florida tanto em 2008 como em 2012 e, nas eleições de 2000, foi ali que ficou decidida a vitória do republicano George W. Bush, com a obtenção dos 29 votos eleitorais, sobre o democrata Al Gore, embora este tenha ganhado em termos de voto popular.

A vitória do republicano populista de 70 anos neste estado é um golpe nas expectativas de Hillary, de 69 anos, de se tornar a primeira mulher Presidente na história dos EUA.

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