A CIA concluiu que a Rússia interveio nas eleições presidenciais norte-americanas com o objetivo de ajudar o presidente eleito Donald Trump a vencer a corrida à Casa Branca, e não apenas para minar a confiança no sistema eleitoral dos EUA, disse um alto funcionário norte-americano nesta sexta-feira à agência Reuters.
Os serviços secretos norte-americanas avaliaram que, à medida que a campanha presidencial de 2016 se aproximava do fim, funcionários do governo russo dedicavam cada vez mais atenção ao esforço de Donald Trump para ganhar a eleição, informa a agência de notícias.
O “Washington Post” informou na sexta-feira que as autoridades em questão identificaram pessoas com ligações ao governo russo que disponibilizaram ao WikiLeaks milhares de e-mails pirateados do partido democrata, incluindo do presidente da campanha de Hillary Clinton.
O ainda presidente, Barack Obama, ordenou aos serviços secretos que investigassem os ataques cibernéticos e a intervenção estrangeira nas eleições de 2016 e entreguem um relatório antes de deixar o cargo em 20 de janeiro, disse a Casa Branca, nesta sexta-feira.
Os hackers russos centraram quase toda a sua atenção nos democratas. Praticamente todos os e-mails que foram publicados eram potencialmente prejudiciais para Clinton e para os democratas, disse o funcionário à Reuters.
“Esta foi uma pista importante para sua perceber a intenção”, disse o oficial. “Se tudo o que eles queriam era desacreditar o nosso sistema político, por que publicar as falhas de apenas um partido, especialmente quando do outro lado está um alvo como Trump?”, realçou.
Um segundo funcionário familiarizado com o relatório, afirmou que os analistas da CIA, independentemente das motivações da Rússia, não acreditam que os esforços de Moscovo tenham alterado ou afetado significativamente o resultado das eleições.
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