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CIA divulga diário e vídeos pessoais de Osama Bin Laden

O número um da Al-Qaeda tinha uma série de filmes de animação no disco rígido, nos quais se inclui “Carros”, “Formiga Z”, “Chicken Little” e “Os Três Mosqueteiros”. Havia também vários vídeos do YouTube, como o viral “Charlie bit my finger”.
4 Novembro 2017, 17h00

A Central Intelligence Agency (CIA) divulgou esta semana o diário de Osama Bin Laden e outros vídeos pessoais, como imagens do casamento do seu filho. Os arquivos foram encontrados no computador do líder e fundador da al-Qaeda, que foi arrestado durante a incursão dos Estados Unidos da América à cidade paquistanesa de Abbottabad, em 2011.

Num comunicado, a agência norte-americana disse que os vídeos agora divulgados incluem excertos do casamento do seu filho Hamza e que estes arquivos que vieram agora a público incluem 18 mil documentos, 79 mil arquivos de áudio e de imagens e mais de 10 mil vídeos que podem trazer novidades sobre os “planos e funcionamentos desta organização terrorista”, segundo o diretor da CIA, Mike Pompeo.

Os documentos dão indicações de que Osama Bin Laden ainda estava na liderança da organização fundamentalista islâmica até à data da sua morte, a 2 de maio de 2011, e que se encontrava em contacto frequente com os membros do grupo em todo o mundo. No entanto, alguns conteúdos continuam envoltos em secretismo por questões de segurança ou porque têm conteúdos pornográficos.

De acordo com a CIA, o número um da Al-Qaeda tinha uma série de filmes de animação no disco rígido, nos quais se inclui “Carros”, “Formiga Z”, “Chicken Little” e “Os Três Mosqueteiros”. Havia também vários vídeos do YouTube, como o viral  “Charlie bit my finger”.

No computador pessoal, Osama Bin Laden tinha ainda cópias de três documentários sobre ele próprio, entre os quais o “Where in the World is Osama bin Laden”. Quanto ao seu diário, as 228 páginas de notas manuscritas cobriam vários assuntos do seu interesse, como por exemplo a ‘Primavera Árabe’, segundo assinalou a BBC.

Ao divulgar os arquivos, a CIA enfatizou que os documentos trouxeram uma nova visão sobre as diferenças ideológicas entre a al-Qaeda de Bin Laden e o autoproclamado Estado Islâmico e sobre os desentendimentos no interior do próprio grupo extremista quanto a táticas.

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