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Cibersegurança: Rock in Rio, Benfica e PT atentos às novas soluções

A conferência “Prosegur Soluções Integradas” reuniu líderes empresariais para discutir os desafios que a inovação tecnológica coloca aos atuais modelos de negócio. Será que as empresas podem fugir aos ‘hackers’?
17 Novembro 2016, 06h01

O que é que música, desporto e telecomunicações têm em comum? Milhares de apoiantes e inúmeros desafios para os proteger dos problemas que advenham da tecnologia. Esta quarta-feira, a Prosegur promoveu um encontro entre representantes de grandes empresas para debater os problemas que o desenvolvimento tecnológico gera em termos de segurança. Spoiler alert: há soluções.

“As empresas estão a tentar juntar o mundo físico ao mundo digital”, refere Sofia Tenreiro, diretora-geral da Cisco Portugal. A responsável pela empresa de tecnologias de informação realça que as entidades estão a conseguir “repensar o modelo de negócio para ter mais eficiência”, durante o encontro no Centro Cultural de Belém.

Estas preocupações inserem-se num fenómeno designado cybersecurity, que inquieta empresas e utilizadores. Ainda que pareça um procedimento inofensivo, ligar o Netflix pode servir para os hackers retirarem informação sobre quem está a usar.

Os hábitos de consumo de alteraram-se, mas João Sousa, da Portugal Telecom (PT), acredita que “Portugal está preparado para responder a estes desafios digitais”. O responsável da PT considera que o país tende a responder às necessidades de quem utiliza diferentes gadgets e fez referência ao primeiro piloto de 4.5G que a empresa fez no Web Summit.

Festivais e estádios seguros?

No mesmo painel, Domingos Soares Oliveira, administrador da SAD do Benfica, falou sobre a relação do clube com a segurança. O dirigente das águias lembrou o episódio de 2011, quando o estádio teve de ser evacuado na sequência de um incêndio.

“O Benfica é muito apetecível”, afirmou Domingos Soares Oliveira, quanto à necessidade de garantir a segurança da informação do clube e não apenas do estádio e do centro de formação, no Seixal.

Através da Internet é fácil inventar que existe uma porta de um festival aberta, por exemplo. De que forma atuam as forças de segurança quando existem milhares de pessoas que esperam entrar porque leram um falso post? Ricardo Acto conta que isso já aconteceu no Rock in Rio (RiR).

O vice-presidente de operações do Rock in Rio explica que, ao longo dos anos, foram criando sistemas que tornassem possível “de dois em dois anos ter uma ‘cidade do rock’ montada, capaz de receber cerca de 1 milhão de pessoas”.

Uma das maiores preocupações da equipa é monitorar as redes sociais, responsáveis por boatos que afetam a rotina da organização. A solução para estes incidentes requer trabalho de preparação e, por vezes, simulações de que estava tudo planeado.

Novas tecnologias de segurança

A Prosegur “quer integrar a transformação digital na área da segurança privada”, como esclarece João Gaspar da Silva. “Vivemos um momento em que o número de dispositivos ligados em rede cresce em número exponencial”, acrescenta o diretor-geral da empresa de segurança privada, que considera o setor “extremamente conservador”.

“A forma como os clientes compram segurança não é muito diferente de há uns 20 ou 30 anos”, sublinha. Aquilo que traz novos desafios é essa conexão mundial através de plataformas digitais, que torna necessário tratar a informação e ter “capacidade de reação aos riscos”.

Durante a tarde, a Prosegur fez a demonstração do seu serviço de drones e de um servidor de uma portaria remota, entre outras inovações. Trata-se de uma tecnologia de gestão alarmística, em que o alarme é gerado através de uma publicação no Facebook e o objetivo é evitar problemas na entrada de encomendas, por exemplo. Também a plataforma iTrack mereceu destaque por tornar mais rentável a gestão operacional dos seguranças.

 

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