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Cidadãos começam a recorrer a veículos e casas partilhadas

As novas formas mobilidade, alternativas aos meios convencionais, identificam cidades inteligentes. Pataformas de partilha de alojamento ganham expressão.
26 Dezembro 2017, 10h00

Bicicletas, motos, automóveis partilhados. São novas alternativas para a mobilidade, em particular nas grandes cidades. As bicicletas partilhadas da EMEL chegaram a Lisboa durante o Verão, as scooters da eCooltra no início do ano. Outras regiões já têm igualmente equipamentos deste tipo, como é o caso de Leiria que acaba de disponibilizar uma solução para os estudantes do Politécnico.

“Os sistemas de transporte convencionais (autocarros, metropolitano comboio) e todas estas novas iniciativas de sistemas de transportes partilhado (bicicletas, scooters e automóveis) são ofertas que se complementam e combinam, e será certamente por essa via que as pessoas irão reduzir a sua necessidade de transporte individual na cidade”, assegura Luís Natal Marques, presidente da EMEL.

Entre polémicas de dados roubados e de questões jurídicas relacionadas com a inovação do projecto,, também a Uber, um serviço de transporte de pessoas em carros particulares, que funciona graças a uma aplicação, se vai afirmando. Os Estados-membros “podem regulamentar as condições de prestação desse serviço” nesse âmbito. Em reacção a esta tomada de posição, fonte oficial da Uber refere que “esta decisão não vai mudar a situação na maioria dos países da União Europeia onde já operamos de acordo com as leis de transporte”. A mesma fonte assinala que, apesar desta situação, “milhões de europeus ainda estão impedidos de usar aplicações como a nossa. Como o nosso novo CEO referiu recentemente, é necessário regular serviços como a Uber e por isso vamos continuar o diálogo com as cidades em toda a Europa”.

Entretanto, as bicicletas estão a ganhar mais adeptos. Se por um lado o aumento das vias dedicadas e partilhadas tem vindo a aumentar, também as plataformas partilhadas têm vindo a surgir.

É o caso do projecto “Gira” da EMEL, em Lisboa, e do U-Bike, em Leiria. “A Gira, no contexto da cidade de Lisboa, pretende afirmar-se como mais uma opção de mobilidade que os seus residentes e visitantes (trabalhadores ou turistas) têm para responder às suas necessidades”, diz Luís Natal Marques. A EMEL está igualmente aberta a estabelecer parcerias com outros operadores e meios de transporte, considerando o objectivo final de disponibilizar uma experiência única de mobilidade aos seus clientes”.

As scooters também já se veem por todo o lado na cidade. Em Leiria, a operação U-Bike “também quer contribuir para a promoção de comportamentos favoráveis à redução da utilização do transporte individual motorizado nas comunidades onde se inserem os seus pólos” refere informação disponibilizada pelos promotores da iniciativa. “Outro objectivo é tornar mais atrativos os seus “campi” com a redução da pressão dos veículos motorizados”. Além disso, quer contribuir para a valorização das “respetivas regiões com a promoção de mobilidade mais amiga do ambiente”

20% dos europeus aluga casa através de plataformas online

As plataformas de partilha de alojamento através da Internet, entre as quais a Aribnb será a mais mediática, já são utilizadas por um em cada seis cidadãos da UE. A informação foi avançada esta semana pelo Eurostat que assinala ainda que 8% das pessoas reservaram serviços de transporte através da internet.

Segundo a Eurostat, 17% das pessoas na União Europeia conseguiram encontrar alojamento (quarto, apartamento, casa, etc.) junto de outros particulares, através de web sites e apps de outros. A maioria deles utilizou aplicações ou sites dedicados, mas outros sites e aplicações (como redes sociais) também contaram com a sua quota parte na facilitação dessas actividades. Estes serviços peer-to-peer integram a chamada economia colaborativa ou partilhada.

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