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Cidade do Cabo: solução para a falta de água está na remoção de árvores selvagens

Um estudo agora divulgado acredita que a remoção das plantas iria aumentar as reservas de água em mais 56 mil milhões de litros no espaço de seis anos.
18 Novembro 2018, 12h00

Um estudo agora divulgado acredita que a remoção das plantas iria aumentar as reservas de água em mais 56 mil milhões de litros no espaço de seis anos.
A Cidade do Cabo, a cidade sul-africana que ameaçou “fechar as torneiras” este ano ao enfrentar uma crise hídrica, deve limpar as árvores selvagens e “sedentas”, em vez de construir fábricas de dessalinização ou sistemas de reciclagem. A remoção de árvores das áreas de captação de água, segundo os especialistas, além de ser uma alternativa muito mais barata, pode acrescentar dois meses de fornecimento por cada cada ano, de acordo com pesquisa da organização internacional Nature Conservancy, publicada ontem na cidade de Arlington, na Virgínia, EUA.

O estudo desta organização norte-americana descobriu que 26 milhões de dólares poderiam financiar um programa de 30 anos para limpar árvores invasoras e impedi-las de regressar às sete grandes áreas de captação hidríca, que fornecem 75% da água da Cidade do Cabo.

Nos primeiros seis anos, o esforço poderia render mais 56 mil milhões de litros, somando-se às atuais reservas de 324 mil milhões de litros da cidade. O trabalho nos primeiros seis anos de programa iria criar 350 postos de trabalho.

Desde o inicio de fevereiro apenas é permitido gastar 50 litros de água por dia e o banho não pode ultrapassar os 90 segundos. De acordo com a agência EFE, a cidade sul-africana conseguiu adiar por mais algum tempo o prazo para se esgotarem as suas reservas de água, graças a uma intensa redução do consumo, adiantaram as autoridades do país.

Se o ‘Dia Zero’ se concretizar os habitantes da Cidade do Cabo deverão abastecer-se nos 200 pontos de recolha de água, onde podem receber, no máximo, 25 litros de água por dia por cada pessoa.

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