A Base Área do Montijo é vulnerável à subida do nível do mar, de acordo com um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, citado pela TSF, que intercetou imagens de satélite, cartografia e previsões de diversos cientistas. O estudo dos investigadores portugueses mostra que uma parte da Base Aérea do Montijo, que não toca nas pistas, é extremamente vulnerável à subida do mar. Mas se for aplicada a diretiva europeia, alertam os investigadores, quase metade da base aérea, incluindo parte importante da pista, pode ficar durante algum tempo do ano debaixo de água.
“A narrativa da ciência diz-nos que o nível médio do mar está a subir e essa subida está a acelerar. Vai subir aproximadamente um metro até ao fim do século e vai continuar a subir além de 2100. Por isso, na construção de grandes infraestruturas junto ao mar, que têm custos elevados, é importante ter em conta estes fatores”, aconselhou Carlos Antunes, especialista em engenharia geoespacial, em declarações à TSF.
Questionado pela rádio sobre os resultados deste relatório, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas assegura que nessa data não é possível saber se o novo aeroporto no Montijo vai continuar a existir e sublinha que os estudos feitos antes do anúncio da nova base aérea dizem respeito aos próximos 30/40 anos. “Não se está a olhar para 2100”. O tema do nível das águas será tratado na avaliação ambiental, a ser entregue até ao final do ano.
Há mais zonas de risco em Portugal
De acordo com o trabalho da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 35,8% do distrito de Aveiro é muito vulnerável à subida do nível do mar até 2100, 22,1% da área do de Lisboa também, e as ilhas barreira arenosas da Ria Formosa (Ilha da Barreta, Ilha da Culatra, Ilha da Armona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabana) podem até desaparecer.
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