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Cimeira de Bratislava: Renzi demarca-se de Hollande e Merkel

“França e Alemanha conseguem uma estratégia comum pela primeira vez em matéria de defesa”, referiu Merkel.
  • Radovan Stoklasa/Reuters
17 Setembro 2016, 09h15

Na cimeira que reuniu, em Bratislava, chefes de Estado e de Governo da União Europeia a 27, já sem o Reino Unido, a imprensa internacional refere-se a pequenos compromissos, enquanto decisões mais claras acerca do futuro ficaram reservadas para o 60º aniversário do Tratado de Roma. “Nessa altura teremos melhor definição sobre a nova União”, admitiu Angela Merkel, citada pelo diário “El País”. Porém, o diário “La Repubblica” refere o descontentamento do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que rejeitou participar numa conferência de imprensa conjunta com a dupla.

“A Alemanha não respeita as regras em relação ao excedente comercial. Sem política na economia e imigração, a Europa arrisca demasiado”, diss Renzi. “Não posso participar numa conferência de imprensa ao lado de Merkel e Hollande se não reparto com eles as conclusões acerca de economia e imigração. Não se trata de polémica, é que a Itália pensa de forma diferente dos outros”, contou.

Apesar do caráter informal da cimeira, algumas ideias foram, conforme refere a publicação, apontadas por Donald Tusk, Jean-Claude Juncker, François Hollande ou Angela Merkel e passam por instrumentos como a promessa de melhoria no combate ao terrorismo, um registo informático dedicado a entradas e saídas da União ou o controlo fronteiriço no final deste ano.

O encontro de alto nível serviu para reforçar o caminho da segurança. “A Europa precisa de um impulso e a França não pode estar só no capítulo da defesa”, especificou Hollande. “A França e a Alemanha conseguem estratégia comum pela primeira vez em matéria de defesa”, aquiesceu Merkel.

Depois do discurso de Juncker no estado da União contra os populismos, o reforço do caminho para a segurança não parece suficiente quando há no horizonte os referendos de Itália e Hungria, bem como eleições em países como Alemanha, Áustria, França ou Holanda, onde um dos denominadores comuns reside precisamente na ascensão populista.

 

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