A cimeira vai ter a participação de Portugal, Espanha, França e Comissão Europeia e foi anunciada esta sexta-feira, 28 de julho, no final de um almoço de trabalho entre o primeiro-ministro português, António Costa, e o presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris.
Em declarações ao Jornal Económico, Jorge Seguro Sanches defende que a resolução do problema das interligações elétricas da Península Ibérica com o resto da Europa, através de França, é estratégica e fundamental.
“Passaremos a ter a possibilidade de explorar o nosso potencial de exportação de energia eléctrica e poderemos ter acesso a energia a preços mais baixos de outros pontos da Europa”, diz Seguro Sanches.
“A presença da Comissão Europeia é importante, por causa do financiamento das infraestruturas, no quadro dos processos de investimento comum”, acrescenta, apontando que, no caso da energia, ainda não existe um mercado comum.
“Existe livre circulação de pessoas e de bens, mas não existe livre circulação na energia, porque não temos interligações”, diz.
Em Paris, o primeiro-ministro afirmou que Portugal e França pretendem avançar “em conjunto na concretização dos ambiciosos objetivos do acordo de Paris”, que disse serem “essenciais para controlar as alterações climáticas”.
“É fundamental termos um melhor ‘mix’ energético e o reforço das interconexões entre a Península Ibérica, a França e o resto da Europa ajudará certamente todos a termos uma energia mais limpa, mais segura e, desde logo, contribuir para o objetivo do governo francês de reduzir em 50% a utilização da energia nuclear”, afirmou António Costa.
Ao Jornal Económico, Jorge Seguro Sanches disse que a integração de Portugal na rede europeia terá um impacto positivo, devido à capacidade de produção de energias limpas.
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