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Cimeira europeia a 27 arranca hoje para discutir o futuro das negociações do Brexit

A cimeira acontece precisamente um mês depois da ministra britânica, Theresa May, ter acionado o artigo 50º do Tratado Europeu, que deu início ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia.
29 Abril 2017, 09h02

Os líderes dos 27 Estados-membros reunem-se este sábado para estabelecer as diretrizes que vão orientar o processo de separação do Reino Unido da União Europeia (UE). O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, reitera que quer um processo que seja “o menos doloroso possível” para o bloco europeu e que o foco desta cimeira serão os termos da saída dos britânicos, sendo que só depois de isso estar tratado é que se negociará a futura relação entre o Reino Unido e a UE.

A cimeira acontece precisamente um mês depois da ministra britânica, Theresa May, ter acionado o artigo 50º do Tratado Europeu, e tem em conta o calendário eleitoral das presidenciais em França. Embora tenha notificado as instituições europeias com a intenção de sair, na prática o Reino Unido continua a fazer parte da UE até as negociações – que se prevê que durem dois anos – estejam concluídas. No entanto, até lá o Reino Unido vai deixar de ter voto nas negociações internas da UE.

O comissário europeu dos Assuntos económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, garante que “a União Europeia está pronta a negociar” e que “as equipas e as posições [da UE] estão preparadas”, depois do prazo de um mês que os líderes europeus tiveram para entender as suas prioridades para a discussão com o Reino Unido.

Além das orientações do processo de saída, será ainda aprovado o mandato da equipa de negociadores, liderada pelo antigo comissário europeu Michael Barnier este sábado. O responsável pelas conversações entre as duas partes considera que “o Brexit fez com que os cidadãos europeus nos Estados-membros e no Reino Unido se preocupassem com o seu futuro” e que, por isso, “a União Europeia será firme no que toca aos seus direitos”.

A esta cimeira seguem-se mais umas longas semanas para a elaboração do guião com o guião a ser seguido durante as negociações. A confirmar-se a vitória de Theresa May no referendo de 8 de junho e o reforço da maioria parlamentar do Partido Conservador, as negociações devem avançar logo nas semanas seguintes.

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