A empresa de tintas CIN reforçou a sua presença no mercado internacional ao criar na Turquia uma unidade de negócio, a CIN Coatings Turquia, com a sede em Istambul, afirmou hoje um dos maiores fabricantes europeus.
Ângelo César Machado, administrador da CIN, explicou que este avanço reflete “a aposta nos países da Ásia Central”, lembrando que se trata de “um mercado no qual [a empresa] está a cimentar uma presença consistente”.
A presença na Turquia passa pela continuidade do projeto de internacionalização do segmento dos revestimentos de proteção (sigla em inglês ‘Protective Coatings’), aproveitando o desenvolvimento de diversos projetos de construção de grandes infraestruturas, “já em curso ou em fase adiantada de projeto”, refere o responsável num comunicado.
A localização em Istambul tem também como propósito implantar a oferta da CIN “não só na Turquia, como permitir a expansão dos negócios da marca no continente asiático”, esclarece.
“A expansão da nossa rede internacional é uma das nossas principais prioridades atuais e o mercado de produtos anticorrosivos contém em si mesmo potencialidades que se consideram relevantes para a afirmação da empresa como uma sociedade multinacional”, destacou ainda o gestor.
No mercado de produtos anticorrosivos, no qual a CIN tem uma elevada quota de mercado a nível ibérico, a marca está a criar unidades de negócio noutros países, caso do México e da África do Sul, que acrescem “às excelentes parcerias” que possui em países como Colômbia, Argentina, Brasil e Alemanha.
O presidente da CIN, João Serrenho, falou entretanto à agência Lusa sobre o processo de internacionalização, tendo dito que em França a empresa comprou há cerca de seis anos uma fábrica em Lyon e que vai utilizar a base que tem para fazer produtos para a indústria, tintas decorativas e anticorrosivos.
Além disso, “vamos juntar pequenas equipas para potenciar o resto do negócio”, disse.
“O centro de inovação da química mundial está em Lyon e desce de Estugarda, na Alemanha, até esta zona de França”, esclareceu o gestor, adiantando que pelo facto de a CIN estar numa das pontas da Península Ibérica tem, “às vezes, alguma dificuldade de contacto” com os centros de inovação da Europa, onde uma parte deles pertence aos seus parceiros e fornecedores.
“Fábrica já temos. Comprámo-la há cerca de seis anos. Temos estado a pô-la de acordo com os nossos requisitos e a alavancar a rede de contactos. Temos um projeto de investimento, vamos refazê-la e concentrar tudo”.
A unidade industrial irá ter um laboratório de ponta e servirá também de base da atividade comercial para outras áreas de negócio, prevendo-se que possa estar concluída provavelmente no verão deste ano.
Além disso, a CIN é um dos líderes mundiais de tintas para cosmética (frascos de perfumes e batons), o que parece ser “uma coisa fácil, mas é muito complicada”, contou à Lusa João Serrenho.
“A França é um dos grandes centros [a este nível], bem como o México, para onde estamos a exportar”, disse.
O México tem um acordo de preferência com a União Europeia e a operação neste país é unicamente comercial.
No mercado de anticorrosivos, por exemplo, a CIN tem relações comerciais e industriais com alguns países da América Latina, África e Europa, designadamente a Alemanha.
O fabricante de tintas e vernizes CIN tem uma unidade de negócios na África do Sul para potenciar a intervenção da marca na área dos revestimentos de proteção (‘Protective Coatings’) neste país e nos países de língua inglesa.
A CIN possui sete fábricas em cinco países (Portugal, Espanha, França, Angola e Moçambique), bem como vários Centros de Investigação e Desenvolvimento (I-DE), que são essenciais para o seu negócio nacional e internacional.
De olhos posto no Panamá, atualmente, a CIN, a 14.ª maior empresa europeia de tintas, exporta para mais de 15 mercados.
Uma das grandes apostas do grupo na Maia tem a ver com os investimentos realizados na área do desenvolvimento sustentável, que permitiram alcançar uma maior eficiência energética e ambiental.
OJE/Lusa