Um filme de terror. É o que Clara de Sousa tem vivido nos últimos meses. De acordo com o jornal “Correio da Manhã”, uma mulher tem perseguido a pivô da SIC e, na semana passada, acabou por ser detida à porta do grupo Impresa, onde ficam os estúdios do canal de televisão.
A agressora, de 39 anos, terá tentado entrar com um martelo no edifício em Paço de Arcos, Oeiras, com o objetivo de atacar a jornalista. Anteriormente, tinha saltado para cima do carro de Clara de Sousa, quando esta se encontrava no interior do veículo, ameaçando-a de morte. A stalker alega que sofreu “danos pessoais devido ao trabalho de Clara de Sousa”.
A Procuradoria-Geral Regional de Lisboa do Ministério Público emitiu um comunicado onde revela a detenção com “o propósito da perseguidora de provocar medo e inquietação [à vítima] e prejudicar a sua liberdade de determinação“.
Casos de perseguição aumentaram
Entre 2020 e 2021 registaram-se mais 14 casos de stalking, crime que integra a figura da perseguição e do assédio persistente. Se no ano passado, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) reportou a existência de 253 situações que configuram este tipo de crime, no ano que lhe antecedeu – 2020 – foram submetidos 239 casos. São dados que constam dos relatórios estatísticos anuais emitidos pela entidade, com o de 2021 a ter sido divulgação a 4 de abril deste ano.
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