Clientes do BES acusam Banco de Portugal de falta de soluções

A Associação Indignados e Lesados do Papel Comercial, que representa subscritores de dívida do Grupo Espírito Santo nos balcões do antigo BES, manifestou-se hoje junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, reivindicando soluções para reaver o dinheiro investido. Os representantes dos manifestantes entraram no edifício do Banco de Portugal para pedir uma audiência ao governador, […]

A Associação Indignados e Lesados do Papel Comercial, que representa subscritores de dívida do Grupo Espírito Santo nos balcões do antigo BES, manifestou-se hoje junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, reivindicando soluções para reaver o dinheiro investido.

Os representantes dos manifestantes entraram no edifício do Banco de Portugal para pedir uma audiência ao governador, Carlos Costa, e mostraram-se dispostos a fazer uma vigília até serem recebidos.

Um dos representantes, Mário Gomes, disse que estavam a apelar ao governador para dar uma solução aos lesados pela subscrição do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES).

“Há falta de informação, indiferença de tratamento, leviandade e falta de transparência por parte do Banco de Portugal”, afirmou Mário Gomes, adiantando que o supervisor não propôs uma solução que garanta que o dinheiro seja devolvido, “embora exista uma provisão para esse efeito e esteja nas contas do Novo Banco”.

Os manifestantes querem apelar junto de Carlos Costa para “um flagelo económico-social para muitas famílias e que poderá culminar em tragédias sociais”, segundo o vice-presidente da associação, Alberto Neves.

O governador do Banco de Portugal foi o alvo do protesto, durante o qual alguns manifestantes exibiam cartazes dizendo “Carlos Costa, amigo de Salgado, devolve o que é nosso. Ganhem vergonha”.

A 03 de agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

OJE/Lusa

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