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CML: Novos radares de controlo de velocidade em Lisboa “ainda não estão em funcionamento”

“Ainda não estão em funcionamento, mas vão estar em funcionamento e vão estar muito visíveis para que todas as pessoas saibam onde é que estão os radares em Lisboa”, afirmou Carlos Moedas (PSD), à margem do lançamento da primeira pedra do futuro Quartel de Comando e Formação do Regimento Sapadores de Bombeiros em Chelas, na freguesia lisboeta de Marvila.
4 Fevereiro 2022, 15h52

Os novos radares de controlo de velocidade de veículos em Lisboa, inclusive 20 em novas localizações, “ainda não estão em funcionamento” porque está a ser avaliada a forma de informar os condutores, indicou hoje o presidente da câmara.

“Ainda não estão em funcionamento, mas vão estar em funcionamento e vão estar muito visíveis para que todas as pessoas saibam onde é que estão os radares em Lisboa”, afirmou Carlos Moedas (PSD), à margem do lançamento da primeira pedra do futuro Quartel de Comando e Formação do Regimento Sapadores de Bombeiros em Chelas, na freguesia lisboeta de Marvila.

Em 2021, a Câmara Municipal de Lisboa investiu 2,142 milhões de euros na aquisição de 41 radares de controlo de velocidade de veículos, dos quais 20 instalados em novas localizações e os restantes para substituir antigos, investimento que foi iniciado no anterior mandato municipal, sob a presidência do socialista Fernando Medina.

Há cerca de três meses, já sob a presidência do social-democrata Carlos Moedas, o município informou à Lusa que os equipamentos estavam a ser paulatinamente instalados e se encontravam em fase de testes, adiantando que se previa que a instalação dos 41 novos equipamentos estivesse concluída até ao final de 2021.

“Um radar não deve ser uma penalização, nem que as pessoas não saibam que o radar ali está, portanto há uma mudança neste executivo para ter uns radares em que as pessoas saibam que o radar ali está. Vamos informar as pessoas e, por isso, temos estado a trabalhar e vamos trabalhar para que isso aconteça, para que as pessoas quando vão de carro saibam que naquele sítio há um radar, não vamos tentar esconder o radar, vamos ter essa filosofia de que os radares são para dar um sinal às pessoas”, declarou o atual presidente da Câmara de Lisboa, assegurando que se trata de “uma política também diferente”.

Carlos Moedas reiterou a importância de avisar os condutores sobre o cumprimento dos limites máximos de velocidade nas estradas, com os radares devidamente sinalizados, em que “as pessoas que veem o radar, que sabem que está o radar e que não respeitam o limite de velocidade terão de ser penalizadas, como em qualquer cidade”.

Esse processo de como informar aos condutores ainda está a ser trabalhado pelo executivo camarário, pelo que a entrada em funcionamento dos novos radares “tem demorado um bocadinho mais”, reconheceu o autarca de Lisboa, defendendo que estes equipamentos de controlo de velocidade de veículos devem servir para ajudar as pessoas, em vez de penalizar, no sentido do “respeito pelos outros”, com a conjunção de diferentes meios de transporte, desde os veículos motorizados às bicicletas.

“É verdade que temos de andar mais devagar, é verdade que precisamos de ter mais cuidado e todos precisamos de ter um controlo, mas um controlo que seja visível. Acho que isso é importante para a cidade”, considerou o presidente da Câmara de Lisboa, manifestando abertura para estudar a implementação do limite de velocidade de 30 quilómetros por hora (km/h) em mais ruas da capital.

Os limites de velocidade em Lisboa têm de ser aplicados de forma a que sejam respeitados, defendeu o autarca, acrescentando: “Conheço muitos pontos da cidade que têm um limite a 30 km/h e depois as pessoas não respeitam esse limite de 30 km/h”.

Carlos Moedas defendeu a necessidade de que é preciso “mais fiscalização, não só nos limites de velocidade, mas também no próprio estacionamento”.

Segundo a planta de localização do sistema de segurança rodoviária datada de junho de 2021, as 20 novas localizações onde vão ser instalados radares são as avenidas Santos e Castro (dois radares), Lusíada (dois), General Norton de Matos (um), Padre Cruz (dois), Marechal Gomes da Costa (um), da Índia (um), Infante Dom Henrique (dois), Dr. Alfredo Bensaúde (dois), Almirante Gago Coutinho (um), de Ceuta (um), Calouste Gulbenkian (um), Marechal Craveiro Lopes (um), a 2.ª Circular (um) e a Avenida dos Combatentes (dois).

Já os 21 radares a substituir localizam-se nas avenidas da Índia e Brasília (dois), Infante Dom Henrique (dois), de Ceuta (dois), Gen. Correia Barreto (dois), Estados Unidos da América (dois), Marechal Gomes da Costa (um), Almirante Gago Coutinho (um), Eusébio da Silva Ferreira (um), 05 de Outubro (um), da Igreja (um), Cidade do Porto (um), João XXI (um), Afonso Costa (um), Eng. Duarte Pacheco (um), na 2.ª Circular (um) e na Avenida das Descobertas (um).

De acordo com o município, os novos aparelhos “são equipamentos modernos e com uma tecnologia mais atual, que possibilitam o controle simultâneo de velocidade em várias vias e em ambos os sentidos”, enquanto os radares antigos apenas permitem controlar a velocidade numa única via.

Outra das funcionalidades é a possibilidade de receber no Centro de Coordenação da Mobilidade do município dados de tráfego em tempo real (velocidades médias, contagens de veículos com possibilidade de desagregar por tipologia de veículo, distância entre veículos para avaliar congestionamento da via), revelou a autarquia, referindo que a gestão destes radares é feita pela Polícia Municipal.

Sobre o investimento associado, a Câmara de Lisboa informou que os 20 aparelhos para novas localizações tiveram um custo de 1.094.527,80 euros (IVA incluído) e os outros 21 que vão substituir antigos custaram 1.047.959,85 euros (IVA incluído), o que corresponde a um total de 2.142.487,65 euros (IVA incluído).

 

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