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Coldplay, a loucura

Este fenómeno a que muitos chamam de “novos U2” é algo absolutamente delirante, até porque reúne várias gerações, pais e filhos no mesmo espetáculo, algo que acontece mais frequentemente no futebol do que na música.
3 Setembro 2022, 08h36

Em 2005 via eu feliz da vida os Coldplay no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, ainda num concerto sem grandes artefactos, com o “Yellow” como música de culto.

Era uma das minhas bandas favoritas na altura, ainda o é hoje, mas aquilo que vi na venda de bilhetes para os concertos de 2023 foi algo que os meus três filhos e os últimos oito anos me fizeram passar ao lado. Este fenómeno a que muitos chamam de “novos U2” é algo absolutamente delirante, até porque reúne várias gerações, pais e filhos no mesmo espetáculo, algo que acontece mais frequentemente no futebol do que na música.

A verdade é que precisamos todos de concertos e animação nas nossas vidas, os festivais deste ano são a prova disso e eu assisti de longe a este fenómeno desconhecido para mim, que me fez reviver tempos antigos. Tentei a minha sorte, é certo, mas online. Saí da fila nem percebi bem porquê e não consegui nada, mas fiquei delirante como de uma banda se faz um culto. É isso que está a acontecer com os Coldplay. Razão pela qual adicionaram mais dois zeros ao seu cachê.

Mas há quem encontre aqui uma oportunidade de negócio. Veja-se que já praticamente não há alojamentos em Coimbra e quem ainda os tem colocou-os a preço de ouro, já para não falar nos 1700 euros que pode custar um bilhete no mercado paralelo.

Seja como for, serão grandes concertos certamente e esta banda vai continuar a fazer filas de noites de espera no resto da tour e nos próximos anos. Nasceu aqui uma marca que vai além das músicas, vive do carisma do seu vocalista e da restante banda e vai ser um fenómeno de gerações.

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