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Coligação PSD/CDS-PP na Madeira será avaliada no futuro, diz Albuquerque

A coligação PSD/CDS-PP venceu na Madeira, nas legislativas, a única região que escapou ao triunfo do PS.
3 Fevereiro 2022, 09h14

O presidente do PSD Madeira e do Governo Regional, Miguel Albuquerque, disse que a coligação entre PSD e CDS-PP, na região, será avaliada, salientando que foi nesta região que os dois partidos conseguiram escapar à “hecatombe” dos maus resultados eleitorais.

“Tenho ouvido algumas opiniões [sobre a coligação com o CDS-PP]. Vamos tomar as decisões que têm que ser tomadas”, declarou Miguel Albuquerque aos jornalistas à margem da visita que efetuou a uma empresa do setor a construção civil.

O também presidente do Governo da Madeira opinou que é necessário ter “calma, analisar como será a evolução e recomposição dos partidos de centro-direita”, destacando que esta região “foi o único lugar” onde o PSD e CDS-PP venceram as eleições legislativas nacionais.

“Houve uma hecatombe e há uma recomposição em curso nos dois partidos. Aqui não tivemos nenhuma hecatombe, ganhámos as eleições em dez dos onze concelhos. Portanto, não vejo qual o drama”, argumentou.

Albuquerque enfatizou que “para o futuro tudo será decidido” em termos de coligação.

“Mas, neste momento, o que é fundamental acentuar perante os madeirenses e porto-santenses com quem nós temos um contrato de honra é o cumprimento integral daquilo que é o programa do Governo Regional e os princípios que, quer no grupo parlamentar, quer no governo [da Madeira] foram assinados” pelos líderes dos dois partidos no acordo de coligação.

Albuquerque realçou que existe “um compromisso sagrado” para o cumprimento integral do programa do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP “até o próximo ano”, o que “implica estabilidade política, social, económica e previsibilidade das políticas que estão a ser seguidas”.

Também considerou ser “fundamental perceber que, numa eleição, os resultados devem ter sido analisados conjunturalmente e não em termos definitivos”.

Questionado sobre a demissão do atual líder nacional do PSD, Rui Rio, na sequência do mau resultado eleitoral, opinou: “Acho que vamos ter um conjunto de candidatos” (à liderança nacional do partido].

O chefe do Governo madeirense frisou ainda que “são circunstâncias muito difíceis porque o PSD vai estar na oposição durante quatro anos e sujeito a uma maioria absoluta do PS”.

“Espero que não seja aquilo que estou a prever”, apontou, mencionando que existem “antecedentes relativamente à maioria absoluta” do PS.

Na Madeira, o PSD manteve-se como o partido mais votado em legislativas nacionais e, pela primeira vez coligado com o CDS-PP, apenas manteve os três lugares na Assembleia da República, os mesmos que o PS.

As eleições legislativas nacionais não tiveram assim implicação na representação dos seis deputados eleitos pelo circulo da Região Autónoma da Madeira.

O PSD/Madeira, que sempre concorreu sozinho neste tipo de ato eleitoral e tinha uma representação na Assembleia da República de três parlamentares, apostou na coligação com o CDS-PP (‘Madeira Primeiro’) e obteve um total de 50.634 votos (39,83%).

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