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Colômbia inaugura nova etapa em direção à paz com o Exército de Libertação Nacional

Esta suspensão das hostilidades é temporária: dura apenas até 09 de janeiro, podendo ser prolongada. A trégua foi acordada a 04 de setembro nas negociações de paz em Quito, no Equador, para pôr fim ao mais antigo conflito no continente.
1 Outubro 2017, 18h04

Após um século de luta armada, a Colômbia atingiu este domingo uma nova etapa na direção da paz, com o primeiro cessar-fogo bilateral da história com o Exército de Libertação Nacional (ELN), a última guerrilha do país.

“A partir de agora, e como disse o nosso comandante Nicolás Rodríguez, o ELN cumprirá o cessar-fogo bilateral plenamente”, escreveu a guerrilha numa das suas contas na rede social Twitter. A trégua entrou em vigor à meia-noite (06h00 de hoje em Lisboa).

Esta suspensão das hostilidades é temporária: dura apenas até 09 de janeiro, podendo ser prolongada. A trégua foi acordada a 04 de setembro nas negociações de paz em Quito, no Equador, para pôr fim ao mais antigo conflito no continente.

O cessar-fogo surge após um processo semelhante com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC): da suspensão dos combates ao desarmamento, a antiga e principal guerrilha do país, com sete mil combatentes, transformou-se num partido político legal.

No entanto, o contexto é particularmente tenso, já que o ELN multiplicou, nos últimos meses, as operações contra o exército e a polícia, bem como contra instalações petrolíferas.

No total, 47 membros das forças de segurança morreram ou ficaram feridos desde janeiro, de acordo com o ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas.

No sábado, o negociador principal do Governo, Juan Camilo Restrepo, condenou as ofensivas da guerrilha e disse esperar que o ELN “mantenha a sua palavra” e apague a “má imagem” que suscita.

Hoje, o exército colombiano informou também que o líder do ELN José David Suárez, conhecido como “Carro loco”, morreu após um combate com os militares numa zona rural no departamento de Casanare.

“Carro Loco” pertencia ao ELN há mais de 20 anos. Segundo os serviços secretos do exército, esteve ligado à morte de 11 militares e ao sequestro de outro no departamento de Norte de Santander, em maio de 2013.

O líder da guerrilha ficou ferido durante a operação militar e foi levado para um hospital em Yopal, onde morreu.

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