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Combustíveis e portagens fazem disparar lucros da IP

Volume de negócios da IP na primeira metade deste ano ascendeu a 580 milhões de euros, um pouco acima dos 578 milhões de euros atingidos nos primeiros seis meses do ano passado.
29 Setembro 2017, 19h33

Os lucros da IP – Infraestruturas de Portugal dispararam no primeiro semestre deste ano para 46,4 milhões de euros, um crescimento de 41,3 milhões de euros face aos 5,1 milhões de euros de resultados líquidos obtidos no período homólogo de 2016.

A administração da IP, liderada por António Laranjo, explica este desempenho com o crescimento de 15% nas receitas de portagens (mais 18,7 milhões de euros), devido ao “aumento generalizado do tráfego rodoviário” ocorrido neste período; e pela subida das receitas oriundas da CSR – Contribuição do Serviço Rodoviário, uma taxa sobre o ISP, ou seja sobre o consumo, essencialmente, de gasóleo e gasolina, que aumentaram 4% no período em análise, mais 12,1 milhões de euros que no primeiro semestre de 2016.

O volume de negócios da IP na primeira metade deste ano ascendeu a 580 milhões de euros, um pouco acima dos 578 milhões de euros atingidos nos primeiros seis meses do ano passado.

Além das referidas duas fontes principais de receitas, a IP conseguiu neste período arrecadar 7,2 milhões de euros (-3%) no segmento do imobiliário; 5,6 milhões de euros na área das telecomunicações (+ 32%); e 1,9 milhões de euros no setor da engenharia (+ 51%).

No relatório e contas consolidado da IP referente ao primeiro semestre deste ano, a administração da empresa pública responsável pela gestão das redes rodoviária e ferroviária nacionais destacam que se verificou uma redução em 20 milhões de euros dos encargos financeiros associados à redução da dívida sob gestão direta da IP e em 15 milhões de euros dos encargos com a atualização financeira da dívida às subconcessionárias pela obra e serviços prestados, “a qual também tem vido a reduzir-se com os prazos de disponibilidade”.

O EBITDA da IP no primeiro semestre deste ano fixou-se 327 milhões de euros, mais 6% que os 308 milhões de euros obtidos nesta rubrica no período homólogo de 2016.

A dívida da empresa baixou ligeiramente, tendo-se fixado no final de junho em 8.108 milhões de euros.

A IP fechou o primeiro semestre de 2017 com disponibilidades financeiras de 337,3 milhões de euros

“Perspetiva-se para o segundo semestre de 2017 a continuidade da ‘performance’ económica positiva do Grupo IP, em linha com o verificado no primeiro semestre do ano, não obstante o aumento previsto com o s gastos de pessoal, com impacto expetável de 2,3 milhões de euros, pela reposição em 50%, a partir de 1 de julho de 2017, dos direitos adquiridos abrangidos por instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho”, prevê a administração de António Laranjo.

“O programa Ferrovia 2020 constitui o grande desafio que continuará a mobilizar todo o Grupo IP durante os próximos anos”, assegura a administração da empresa no referido relatório e contas semestral.

Já quanto ao setor rodoviário, a IP assume o pico de pagamentos às PPP – Parcerias Público-Privadas atingiu o pico em 2016, mas alerta que até 2020 esses pagamentos se irão manter superiores a 1.400 milhões de euros anuais, IVA incluído.

 

 

 

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