[weglot_switcher]

Comércio online: De que reclamam os internautas portugueses?

A Plataforma de Resolução de Litígios em Linha (ODR), desenvolvida para resolver inconvenientes relacionados com compras na Internet sem a intervenção dos tribunais, registou 1.181 reclamações destinadas a empresa portuguesas.
17 Julho 2018, 19h35

As queixas apresentadas pelos portugueses na Plataforma de Resolução de Litígios em Linha (ODR), sobre compras na Internet, aumentam 23,6% desde o passado mês abril. A ferramenta desenvolvida para resolver inconvenientes nestas aquisições, sem a intervenção dos tribunais, registou 1.181 reclamações de cidadãos de Portugal destinadas a empresa nacionais.

As companhias aéreas (12,21%), o vestuário (11,16%) e os artigos de Tecnologias da Informação e da Comunicação (7,32%) estão no pódio dos motivos pelos quais os portugueses apresentam estas denúncias à União Europeia.

De acordo com o balanço divulgado esta terça-feira pela Representação da Comissão Europeia em Portugal, os produtos eletrónicos, o mobiliário, os artigos de lazer, os serviços de comunicações móveis, os acessórios e peças para automóveis, os grandes eletrodomésticos e os serviços de internet são restantes setores de atividade e serviços com mais queixas.

“Comprar e vender online no espaço da União Europeia torna-se bastante mais fácil graças ao Mercado Único Digital. Contudo, este mercado cria também maiores desafios”, defende Sofia Colares Alves, chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

Desde 2016, quando foi lançada, a plataforma já conta com 2.572 pedidos de resolução de litígio. “Com ferramentas como a plataforma ODR, a Comissão Europeia pretende tornar o comércio online mais seguro e justo, ao fornecer um mecanismo de resolução de disputas de qualidade para consumidores e comerciantes”, afirmou a mesma responsável sobre este mecanismo.

Note-se que os portugueses queixam-se sobretudo de empresas nacionais (1.181 reclamações), espanholas (493) e britânicas (260). Sem contabilizar os portugueses neste universo, os consumidores de França foram quem mais reclamou sobre as firmas portuguesas (159). Desde abril, os europeus queixaram-se mais das empresas portuguesas: o número de solicitações subiu 38,7%, de 1.100 para 1.526, em termos nominais.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.