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Comércio online vê reclamações disparar 155% em 2020, revela Portal da Queixa

A afirmação dos canais digitais como o veículo preferencial de comércio durante a pandemia fez disparar o número de reclamações ligadas ao comércio eletrónico em Portugal em 2020. Ainda assim, uma esmagadora maioria dos consumidores portugueses quer aproveitar as campanhas promocionais da Black Friday.
  • Istock
24 Novembro 2020, 12h34

Os consumidores portugueses já apresentaram, desde o início deste ano até 19 de novembro, 12.559 reclamações no Portal da Queixa relacionadas com compras online, um aumento de 155% em relação a igual período do ano passado. Este valor equivale a 39 queixas por dia, em média, reporta o Portal.

Dado o contexto pandémico que se vive e às restrições ao movimento a que este obrigou, o ano de 2020 verificou um crescimento assinalável deste tipo de comércio, com 40% dos portugueses a admitir mesmo que o Black Friday deste ano será aproveitado exclusivamente online.

O crescimento das reclamações submetidas pelos portugueses também reflete os padrões de consumo deste período, como salienta a análise do Portal da Queixa. Apesar da marca com maior aumento no número de reclamações atuar no segmento de produtos de estética e cabeleireiro, a lista das 10 empresas que se seguem é dominada pelo ramo da tecnologia, com quatro marcas, e da decoração da casa, com três marcas.

Relativamente ao Black Friday do ano passado, quando o Portal da Queixa recebeu 274 reclamações, quase metade (45%) referiam-se a produtos de tecnologia, seguidos do vestuário e acessórios com 15% e empatados na terceira posição surgem a perfumaria e o mobiliário e decoração, ambos com 8%. Os motivos destas queixas prenderam-se sobretudo com falhas e atrasos na entrega, em 41% dos casos, mas também com burlas, com 23% das reclamações, ou apoio ao cliente, com 18%.

Ainda assim, 84% dos consumidores nacionais reportam querer aproveitar os descontos da campanha deste ano, de acordo com um estudo da Worten.

Como tal, a marca de tecnologia associou-se ao Portal da Queixa, MB Way, OLX, CTT, KuantoKusta e euPago no lançamento de um movimento cívico, o #NãoSejasPato, com o objetivo de “aumentar a literacia digital junto dos consumidores portugueses, educando a sociedade de consumo para não cair em esquemas de fraude e burlas online”, como revela Pedro Lourenço, diretor executivo do Portal da Queixa.

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