Falta de esterilização, macas estragadas e falta de equipamentos de desfibrilação nas ambulâncias de transporte de doentes na Madeira. Estas são algumas das queixas da Comissão de Utentes que se deslocou, esta quinta-feira, ao Hospital Nélio Mendonça para denunciar a situação precária da rede de transportes de utentes do SESARAM.
“Um dos casos mais graves é a manutenção de um espaço estéril no interior das ambulâncias. Depois de efetuado o transporte dos doentes, o interior das ambulâncias é limpo apenas de uma maneira superficial, contribuindo para a transmissão de agentes infeciosos entre os utentes e representando também um elevado risco para os operacionais responsáveis pelo transporte”, escreve em comunicado a Comissão de Utentes.
Segundo este organismo, existem “situações lastimosas nos casos de doentes submetidos a transplantes debilitados a nível imunológico que são transportados nestes veículos sem as mínimas condições de esterilidade”. Os próprios assistentes, refere a Comissão, “não têm acesso a luvas e desinfetantes próprios”.
Outra das queixas da Comissão pretende-se com a utilização de macas estragadas, a falta de equipamentos de desfibrilação, a falta da manutenção dos mesmos e a inoperacionalidade do GPS das viaturas que leva a que os “assistentes tenham de utilizar o seu próprio telemóvel para contatar os utentes”.
A Comissão de Utentes exige aos órgãos administrativos e à Secretária Regional da Saúde que encontre “uma solução urgente e efetiva para estes problemas”.