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Comissão Europeia destina 1,5 mil milhões de euros para ajuda humanitária em 2022

A ajuda humanitária da UE em 2022 será repartida em quatro e distribuída pela África Subsariana, Médio Oriente e Norte de África, Sudeste da Europa e Ásia e da América Latina.
17 Janeiro 2022, 15h11

A Comissão Europeia adotou um orçamento humanitário inicial de 1.500 milhões de euros para 2022, que deverá ser aplicado em catástrofes naturais, como secas ou inundações.

Sobre o orçamento o Comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič, afirmou que: “as necessidades humanitárias atingiram um nível recorde e continuam a crescer. Isso se deve principalmente a conflitos, mas cada vez mais a desafios globais como mudanças climáticas e a Covid-19″.

“O nosso financiamento humanitário permitirá à União Europeia fazer a sua parte e continuar a salvar vidas e a cobrir as necessidades básicas das populações afetadas. Além de responder a crises novas e altamente visíveis, o orçamento garante que não prejudiquemos a abordagem de crises humanitárias existentes, prolongadas ou recorrentes, como na Colômbia ou no Sudão do Sul ou na situação do povo rohingya”, disse Janez Lenarčič.

De acordo com a Comissão a ajuda humanitária da UE em 2022 será repartida de quatro formas: “469 milhões de euros serão destinados à África Subsariana; 351 milhões de euros destinam-se a cobrir necessidades do Médio Oriente e do Norte de África; 152 milhões de euros financiarão projetos no Sudeste da Europa e na vizinhança Europeia; 188 milhões de euros continuarão a apoiar as populações mais vulneráveis da Ásia e da América Latina”.

Em concreto, a maior fatia da ajuda humanitária da UE este ano, num total de 469 milhões de euros, será alocada à África Subsaariana para apoiar as vítimas da crise alimentar e nutricional exacerbada pelo conflito no Sahel (Burkina Faso, Mali, Mauritânia, e Níger) e os deslocados pela violência na República Centro Africana, na bacia do Lago Chade (Chade, Camarões e Nigéria), no Sul do Sudão e no Corno de África (Djibuti, Etiópia, Quénia e Etiópia).

Esta verba também visa responder às “necessidades das populações afetadas pelo conflito a longo prazo na República Democrática do Congo”, acrescenta a instituição.

Seguem-se 351 milhões de euros de financiamento humanitário para o Médio Oriente e o Norte de África, de forma a “fazer face à crise na Síria, bem como às necessidades dos refugiados nos países vizinhos do Médio Oriente, bem como à situação crítica no Iémen”.

Também previstos estão 188 milhões de euros para ajudar as populações mais vulneráveis da Ásia e da América Latina, incluindo as crises do Afeganistão e da etnia rohingya (Bangladesh e Myanamar) e na Venezuela e na Colômbia, bem como no Haiti.

Outros 152 milhões de euros visam financiar projetos no Sudeste da Europa e nos países vizinhos da Europa, para fazer face às crises na Ucrânia, nos Balcãs Ocidentais e no Cáucaso, bem como aos efeitos da crise da Síria, nomeadamente na Turquia.

“Os restantes 370 milhões de euros serão utilizados para dar resposta a crises imprevistas ou a exacerbações súbitas de crises existentes, bem como para financiar outras ações”, sublinha a comissão europeia.

Citado pela nota, o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič, afirmou que “as necessidades humanitárias estão a um nível sem precedentes e continuam a crescer”.

“Isto deve-se sobretudo a conflitos, mas cada vez mais a desafios globais como as alterações climáticas e a covid-19. O nosso financiamento humanitário permitirá que a UE faça a sua parte e continue a salvar vidas e a cobrir as necessidades básicas das populações afetadas”, referiu ainda o responsável.

A União Europeia presta, desde 1992, ajuda humanitária a mais de 110 países, apoiando todos os anos milhões de pessoas em todo o mundo.

A assistência da UE é prestada estritamente através de organizações humanitárias parceiras.

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