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Comissária eleitoral reduz fraude eleitoral a um “mito persistente nas eleições nos Estados Unidos”

Ellen Weintraub reduziu queixas apresentadas pelos advogados de Donald Trump a “tecnicalidades” e garantiu numa sessão da Web Summit que as estatísticas sobre a correlação entre sucesso nas urnas e quantidade de dinheiro angariado pelos candidatos podem ser enganadoras.
  • Ellen Weintraub
4 Dezembro 2020, 15h29

A comissária eleitoral federal dos Estados Unidos, Ellen Weintraub, recusou que existam provas de fraude eleitoral generalizada nas presidenciais norte-americanas, reduzindo numa sessão da Web Summit as queixas formalizadas nos tribunais pela candidatura de Donald Trump a “tecnicalidades”.

“A fraude eleitoral é um mito persistente nas eleições nos Estados Unidos. É algo que os republicanos procuram e nunca encontram”, garantiu Ellen Weitntraub, para quem esse fenómeno resulta para esse partido numa espécie de “monstro de Loch Ness” cuja existência nunca consegue ser comprovada.

Respondendo a perguntas de um entrevistador e de participantes, a responsável máxima da Comissão Eleitoral Federal dos Estados Unidos, que tem a missão de garantir o respeito pela legalidade financeira nas campanhas eleitorais, disse ainda que o facto de 88% dos candidatos que tinham angariado mais dinheiro terem acabado por vencer as suas corridas, tanto para a Casa Branca como para o Senado, a Câmara de Representantes e os diversos governos estaduais, “acaba por ser um pouco enganador”.

Isto porque, em sua opinião, muitos candidatos de ambos os partidos receberam mais doações precisamente por estarem em “lugares seguros” nos quais os adversários tinham poucas ou nenhumas hipóteses de vitória.

Apesar disso, Ellen Weintraub realçou que alguns candidatos ao Senado “gastaram dramaticamente mais” do que aqueles que procuravam substituir, falhando em quase todas as ocasiões, o que se comprova por, até ao momento, só ter havido mudanças de partido em três casos, com democratas a vencer incumbentes republicanos no Arizona e no Colorado e um republicano a suplantar o incumbente democrata no Alabama.

Quanto à possibilidade de Joe Biden ter saído beneficiado pela capacidade de angariar mais dinheiro para a sua campanha eleitoral, a comissária eleitoral admitiu que Donald Trump teve uma ligeira desvantagem, mas vincou que “não houve falta de recursos em nenhum dos lados”.

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