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Comissário europeu da Saúde: “Os antivacinas estão a pôr toda a gente em risco”

Vytenis Andriukaitis considera que as vacinas funcionam, como a do sarampo, e que “é irresponsável dizer o contrário”.
  • Ueslei Marcelino / Reuters
24 Abril 2017, 10h18

Em entrevista ao Público, o comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar afirmou que “as vacinas já salvaram mais vidas de crianças do que qualquer outra intervenção médica”, enfatizando a importância da vacinação, um procedimento médico no qual acredita. Vytenis Andriukaitis diz que “todas as vacinas que fazem parte de planos nacionais de imunização foram consideradas seguras e relevantes” e aconselha a consultar um médico.

O antigo ministro da Saúde da Lituânia refere ao diário que a Comissão Europeia está a acompanhar atentamente o surto de sarampo – que vitimiou, na semana passada, a primeira cidadã portuguesa em 23 anos – e a reunir auxílio das autoridades nacionais de forma a evitar que o flagelo volte a ganhar uma dimensão significativa. Além disso, adiantou que a instituição europeia está a trabalhar “num processo de aquisições conjuntas, por exemplo como aconteceu na compra de vacinas contra a gripe pandémica, e em projetos e futuras ações conjuntas no âmbito do Programa de Saúde da União Europeia”.

“As vacinas funcionam. É um facto, não é uma opinião. É irresponsável dizer o contrário. A Organização Mundial da Saúde diz que a vacinação é a medida mais efectiva para prevenir doenças infecciosas”, realçou Vytenis Andriukaitis , em declarações enviadas por email ao jornal português. Segundo disse ao matutino, custa-lhe particularmente ver que doenças como o sarampo regressaram, numa altura em que “existem vacinas eficientes e com uma relação custo-benefício comprovada”.

Questionado sobre se os pais que não vacinam os seus filhos devem ser legalmente responsabilizados, o comissário lituano respondeu com um excerto da Convenção sobre os Direitos da Criança, onde se pode ler que todas as ações relativas a crianças devem “considerar primordialmente o superior interesse” das mesmas, e frisou que se trata de uma questão “muito complexa”.

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