Matérias-primas como o petróleo não foram uma boa aposta de investimento nos últimos 14 anos, enquanto as ações mantém a posição de ativo com melhor desempenho. Esta é a conclusão do estudo de David Brett, analista de investimento da Schroders, que compara os retornos de moeda, ações, obrigações, títulos de propriedade e empresas e commodities.
Os preços das matérias-primas foram os mais penalizados, devido a quebras na procura por commodities como o petróleo durante a crise. No setor, a taxa de crescimento médio anual caiu 13,5%, entre 2011 e 2016, fazendo com que o ativo ganhe o título de único que fez os investidores perderem dinheiro nos últimos 14 anos.
“As commodities retomaram em 2016 [com uma taxa de crescimento de 11%] em larga medida devido a grandes projetos de construção de infra-estrutura por governos como os EUA e a China”, explica o analista da Schroders.
Por outro lado, as ações registaram “um período relativamente próspero”, diz Brett. “Taxas de juro baixas e o apoio implacável dos bancos centrais aos mercados financeiros proporcionaram um terreno fértil sobre o qual os mercados de capitais floresceram”.
“A tentação entre os investidores é cingirem-se ao que conheçam. Isso não é mau. É uma estratégia defendida por pioneiros do investimento como Warren Buffett”, explica. No entanto, ressalva que se a estratégia funciona em alturas de crescimento do mercado e se for escolhido um ativo vencedor, “é importante que os investidores considerem os méritos da diversificação”.
O analista sublinha, no entanto, que é impossível prever com exatidão quais serão os ativos vencedores ou perdedores. “Apenas com tempo e retrospetiva é que os investidores podem dizer com certeza o que teve ou não bons resultados”.
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